
O estilo ferreirês
O estilo é o homem. Se não foi o escritor francês Buffon que disse isso, pelo menos pensou. Hoje, há uma busca desenfreada pela originalidade, na fala da língua de grandes oradores como Rui Barbosa e Alcides Carneiro.
O estilo é o homem. Se não foi o escritor francês Buffon que disse isso, pelo menos pensou. Hoje, há uma busca desenfreada pela originalidade, na fala da língua de grandes oradores como Rui Barbosa e Alcides Carneiro.
Bem, terminou o carnaval, o ano finalmente vai começar aqui no Brasil, não é verdade? O senhor...
Escritores freqüentemente são temas de filmes. Nos últimos anos vimos películas que giravam em torno de Shakespeare, Virginia Woolf, Henry Miller, Sylvia Plath, para citar apenas alguns exemplos. Agora temos como candidato ao Oscar o filme de Bennet Miller, "Capote", que retrata momentos particularmente dramáticos da trajetória de um autor americano de grande sucesso.
Com o desfile das campeãs realizado ontem, fica encerrado o Carnaval deste ano, festa de rotina que antecedeu duas festas também de rotina, mas espaçadas no tempo e nas intenções: a Copa do Mundo e as eleições.
Não sei quem inventou a expressão "chato de galocha". Deus é testemunha de que não fui eu, embora nunca as tenha usado e, honestamente, não sei por que a galocha faz um chato. Um sujeito já nasce chato independentemente de ter ou não ter galochas em seu enxoval de bebê.Quero falar de um dos caras mais chatos que já andaram por nossas plagas. Usa chapéu, parece que de palha, que faz parte de seu visual básico, como o báculo e a mitra fazem parte do equipamento profissional de um bispo.
As Nações Unidas vêm de criar Comissão de Alto Nível para enfrentar problema como o que a indescritível reação mundial às charges contra o Profeta tornou devastadoramente urgente. Não se imaginaria o atual porte da catástrofe quando, em novembro último, reuniu-se o grupo em Majorca, para ir ao fundo das conseqüências do 11 de setembro, e a retomada de uma possível cultura da paz. As últimas duas décadas do século XX podem ser vistas como quase uma "época de ouro", num começo de convivência de após a queda do Muro e de possível globalização num quadro democrático. Soam hoje como prematuramente obsoletas. Longe vai o tempo em que a política externa do governo Clinton evidenciava este largo propósito, antes que as lógicas da potência mundial remanescente cedessem às da hegemonia, por sua vez acirradas pelo terrorismo de Bin Laden.
Em 28 de fevereiro de 1986, eu, como presidente da República, editava o que se passou a chamar de o Plano Cruzado. Ele foi uma marca na história recente de nossa economia e tão desafiador que sobre ele já existe uma grande bibliografia, com alguns livros importantes, que servem para compreender esse tempo de nossa história econômica. Continua, 20 anos depois, a ser tema de debate e de controvérsia, tanto assim que o economista Edmar Bacha, em entrevista à Folha, com a reconhecida isenção de suas convicções tucanas e um dos autores do Plano, o renega e o responsabiliza pelo custo de dez anos de desestabilização da economia brasileira, que terminou, pelos seus cálculos, em 28 de fevereiro de 1996. Exatamente no dia em um jornal de São Paulo publicava uma grande fotografia: "Chega de enchente - Blá, Blá e nós, Glub, Glub". Eis a data mágica. Do mesmo modo como a Queda de Constantinopla marcou o fim da Idade Média, em 1453.
Assunto para os profissionais de comunicação meditarem entre si e também eu próprio comigo mesmo. A totalidade do noticiário e das fofocas das colunas especializadas são dirigidas à política, ao esporte, à economia, à polícia, à cultura, ao entretenimento, à saúde, ao comportamento, à ciência em geral. Eventualmente, eu abordo esses temas, mas sem fanatismo por nenhum deles. Sempre que posso e mesmo quando não posso e não devo, escrevo sobre outros assuntos, desde as bruxarias do "Grande e Verdadeiro Livro de São Cipriano" aos ossos de Dana de Teffé.
As mensagens de Ano Novo de Bin Laden já se atropelam, a esta altura, pela vitória do Hamas ou pelo insulto ao profeta no algo de blasfemo que nos veio da Dinamarca. Mais ainda, o presidente do Irã se esmera em mostrar como já vai longe o tempo de Khatami e do pedido pelo diálogo das civilizações.
A Amazônia já foi denominada Inferno Verde. Romancistas como Ferreira de Castro e outros notáveis pela fabulação no enredo, procuraram incutir na consciência dos leitores de suas obras a importância da Amazônia, científica, econômica e social.
Não podia deixar de registrar o lançamento de "Ary, um brasileiro", CD gravado por ocasião do show homônimo em comemoração ao primeiro centenário de nascimento do autor de "Camisa amarela".
A Semana de Arte Moderna tem sido envolvida em permanente clima de paixão. De sua prosa e de seus versos, uns bons, outros sofríveis, ficaram poucas amostras. Na sua origem, ela teve, ao que parece, uma finalidade: a de sacudir piadas ferinas, poemas caóticos, discursos mal escritos e o torpor provinciano de uma pequena elite econômica da cidade de São Paulo, então com cerca de 500 mil habitantes.
Semana passada, comentou-se a decisão de abrandar as penas aplicadas aos crimes hediondos. Em princípio, qualquer crime é hediondo, desde o marido que esbofeteia a mulher porque não fez o feijão do jeito que ele gosta até o crápula que mata e come criancinhas depois de violentá-las.
É uma estatística preciosa o tão falado Risco-Brasil. É a estatística que orienta os investidores de que tanto carecemos e de quem tanto gostamos, pois os investimentos concorrem para o nosso desenvolvimento.