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Artigos

  • Guerrilha capilar

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 20/03/2006

    A Polícia Federal (PF) apreendeu 250 kg de cabelos que entraram no Brasil ilegalmente em um hotel em Curitiba, na manhã deste domingo. O material havia sido trazido da Índia. Três pessoas foram presas. O contrabando foi descoberto por acaso: agentes da Polícia Federal estavam hospedados no mesmo hotel e suspeitaram quando a carga era descarregada de uma caminhonete. De acordo com a PF, todas as mechas de cabelo eram pretas e tinham entre 40 e 70 centímetros de comprimento. A carga seria revendida para salões de beleza.

  • Meu tipo inesquecível

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/03/2006

    QUANDO EU ERA CRIANÇA, costumava ler uma revista que meus pais assinavam; tinha uma seção chamada “Meu tipo inesquecível”, na qual pessoas comuns falavam de outras pessoas comuns que haviam influenciado suas vidas. Claro que, àquela altura, com 9 ou 10 anos, eu também havia criado o meu personagem marcante. Por outro lado, tinha certeza de que, no decorrer dos meus anos, este modelo iria mudar. Portanto, resolvi não escrever à tal revista submetendo minha opinião (fico imaginando hoje como eles teriam recebido a colaboração de uma pessoa com a minha idade na época).

  • Por quem tocam os tambores de São Luís

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/03/2006

    Josué Montello era um narrador excepcional. O autor da frase é Alceu Amoroso Lima, por muitos considerado o maior dos nossos críticos literários. De fato, o escritor maranhense, autor de mais de cem livros, foi uma das mais férteis e bem-sucedidas carreiras da literatura brasileira.Conseguiu o milagre de aliar a sua inequívoca vocação literária com uma série de belas incursões na vida pública, em que acumulou bons serviços a Juscelino Kubitschek na Presidência da República, na direção da Biblioteca Nacional e na Embaixada do Brasil na Unesco, em Paris. A que se pode agregar os dois anos de presidência da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Austregésilo de Athayde, e realizando uma obra fundamental de restauração da Casa de Machado de Assis.

  • A morte de Josué

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2006

    A morte de Josué Montello não me surpreendeu, mas muito me comoveu. Depois de minha eleição para ilustre companhia, eu e Josué tornamo-nos muito amigos, falávamos quase que diariamente pelo telefone, sendo a Academia um dos assuntos que ele conhecia. Josué foi um grande acadêmico, tinha a Academia na alma e na sua paixão.

  • Velhos rastilhos, novos gatilhos

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 17/03/2006

    A reunião recém terminada em Doha, da Aliança para as Civilizações, com a presença de Kofi Annan, evidenciou o nível em que a hegemonia mundial pode, nestes dias, repetir o quadro do pós-setembro de 2001. O Governo Bush não deixa nenhuma reserva quanto ao estar pronto a todas as soluções, caso não se componha a dita ameaça nuclear, vinda na escalada de confronto com o Irã.

  • A liberdade de expressão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2006

    Não se deve confundir liberdade com liberalidade de imprensa. A imprensa - denominada o Quarto Poder, depois do governo, do clero e do exército - nem sempre está a salvo de críticas. Já em 1920, numa conferência agora lançada em livro, A imprensa e o dever da verdade , Rui Barbosa declarava, falando com endereço certo: “Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é portanto um país cego e um país miasmado, um país de idéias falsas e sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não poderá lutar com os vícios que lhe exploram as instituições .”

  • Sozinho na guerra

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/03/2006

    A influente revista inglesa The Economist dedicou o editorial de capa a um assunto da maior importância e mostra que o presidente George W. Bush está sozinho na guerra do Iraque. Creio que esta solidão deve muito incomodar o presidente americano, mas a responsabilidade por sua presença no Iraque sem companhia advém da decisão de partir para a guerra aparentemente sem consultar supostos parceiros. Lembremos que a guerra começou de um momento para outro, com um intenso bombardeio em Bagdá, deslocando-se para outras áreas da terra de Saddam Hussein.

  • Schmidt: Centenário

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 15/03/2006

    Se vivo fosse, o poeta Augusto Frederico Schmidt estaria completando, no próximo dia 18 de abril, o primeiro centenário do seu nascimento, porque nascido em igual data do ano de 1906. Justamente em sua homenagem foi lançado aqui no Rio o livro Quem contará as pequenas histórias?, uma biografia romanceada de Augusto Frederico Schmidt, escrita por Letícia Mey e Euda Alvim.

  • O fim da pobreza

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/03/2006

    Uma das utopias que têm preocupado estudiosos dos problemas humanos e sociais, a que mais aflora entre os estudiosos, é a do fim da pobreza. Segundo o Evangelho, pobres sempre os teremos . Quer isso dizer que não se deve imaginar o fim da pobreza. Os céticos em várias questões como eu são dessa ala, outros crêem que a economia bem conduzida por governos e líderes, políticas sociais e econômicas, darão fim.

  • O caminho místico

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 14/03/2006

    Vem Hermann Hesse mantendo no Brasil, desde os anos 40 do século passado, um prestígio que, mesmo não sendo barulhento, é permanente. Livro seu que então pegou os jovens leitores pelo gasnete como obra do mais avançado surrealismo, "O lobo da estepe", teve sucessivas edições brasileiras no ano final da guerra 1939-45.

  • Viagem a Londres

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/03/2006

    A surpreendente viagem de Lula a Londres já foi suficientemente comentada, mas entendo que cabe, ainda, um comentário final. Quero crer, conhecendo mais ou menos a Inglaterra e os costumes da realeza, que Sua Graciosa Majestade Elizabeth II não ficou impressionada com o tipo físico e a barba branca do atarracado presidente Lula e sua mulher Marisa.

  • O juiz no divã

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/03/2006

    A maioria dos juízes precisa de tratamento psicológico. A Federação Paulista de Futebol encomendou ao Incor estudo inédito e de resultado revelador: 58% dos árbitros de São Paulo apresentam algum problema, sobretudo por estresse. Folha Esporte, 5 de março de 2006.Tudo começou quando ele notou que, ao entrar em campo, ele ficava trêmulo, suava abundantemente, tinha a impressão de que ia desmaiar. Isto é dos nervos, disse a mulher, que entendia dessas coisas. E era verdade. Juiz de futebol há mais de 20 anos, ele enfrentara numerosos conflitos e até agressões. Sempre se saíra bem.

  • Assentos para o general

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/03/2006

    Esse caso do general Francisco Albuquerque, que levou dois passageiros de um vôo da TAM a desembarcarem, deve ser encerrado. E os dois passageiros que deram lugar ao general e a sua esposa devem ser classificados como pessoas cordiais, que muito animam a lisonja brasileira. Quanto ao general e aos funcionários da Infraero, todos cometeram vários equívocos sobre as reservas em si, as bagagens e finalmente o embarque.

  • A magia do livro

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 12/03/2006

    O papel do professor mudou. Além da preocupação com conteúdos ele tem por obrigação educar cidadãos capazes de pensar, criticar e construir as suas próprias vidas, numa sociedade cada vez mais complexa.

  • O sonho do urutu próprio

    O Globo (Rio de Janeiro), em 12/03/2006

    Felizmente, enquanto escrevo, o presidente não está no Brasil, mas em febricitante jornada de trabalho na Inglaterra e não pode ver na televisão - eis que jornais ele proclama não ler - o Exército mobilizado para recuperar dez fuzis roubados, que estariam escondidos nas favelas cariocas. Mais pessoal, acho eu, que o enviado ao Haiti, o qual é um pouquinho mais extenso que o Rio de Janeiro e, afinal, é o Haiti, país abaixo de nós (sei que os de má vontade dirão que todo mundo ficou acima, mas com má vontade não se chega a lugar nenhum) na lista dos que menos cresceram e cheio de estrangeiros. Aqui o espetáculo do crescimento não tem sido propriamente emocionante, mas, sabem vocês como são essas coisas de show business . Sempre pode dar algo errado e, além disso, como afirmou o presidente há alguns dias, o Brasil não tem pressa. Quem tem pressa é quem tem fome, segundo também palavras dele, e isso vem sendo exemplarmente tratado, como poderá testemunhar qualquer pequeno empresário que receba o bolsa-família, juntamente com funcionários municipais parentes dos prefeitos, política social avançada, que vem sendo implantada em todo o nosso imenso Brasil.