
A vez e a voz do eleitor
A densidade da crise neste início de ano tem já um resultado definitivo. Os lamentos do nepotismo do Judiciário em face da decisão do Supremo levaram até à greve grotesca da magistratura de Minas Gerais, ao insistir no mais crasso dos abusos do velho sistema: a privatização imemorial das vantagens do exercício do poder. Ficará na crônica do nosso aperfeiçoamento democrático o aferro à provisão dos cargos públicos, pelo exercício mais desinibido do casuísmo, em bem de emprego familiar, frente à norma do novo Conselho Nacional de Justiça.