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Artigos

  • O mistério do olhar

    Extra (RJ), em 29/10/2007

    Diante do espelho reparamos sempre em pequenos detalhes: mudanças na pele, o cabelo despenteado as rugas do rosto, a roupa amassada... É raro olharmos o fundo de nossos olhos. Você já experimentou, na frente de um espelho, esquecer os detalhes citados acima e fazer isto? Perceber o que está dentro de si mesmo esquecendo a estética? A imagem irá contar histórias que você não sabe, a respeito de quem está do outro lado. Depois de um certo tempo, você termina descobrindo que a pessoa que lhe devolve o olhar tem um mistério a ser cumprido.

  • Uma sugestão cívica

    Folha de S. Paulo (SP), em 28/10/2007

    RIO DE JANEIRO - O pessoal do governo e da base aliada encontrou um argumento para justificar a prorrogação da CPMF por mais alguns anos. Descobriu que nenhum país pode dispensar o reforço de 40 bilhões da moeda local em seu orçamento de cada ano. Convenhamos, é dinheiro pra burro, mas ainda pouco para atender às necessidades nem sempre necessárias de um governo caótico no que se refere às aplicações de verbas.

  • Uma lição de vida

    Extra (RJ), em 27/10/2007

    O rabino Yannai costumava dizer: “Não há nenhuma maneira de explicar a prosperidade dos malvados ou o sofrimento dos justos. Tudo que nos é pedido é que procuremos a justiça. A realidade é mais complexa do que gostaríamos que fosse. Se ficarmos insistindo para que tudo tenha sentido, terminaremos desesperados. A realidade não pode ser arada com a fita dourada do moralismo. A realidade é maior do que nossa visão de certo ou errado. Onde pudermos lutar pela justiça, lutemos. Onde somos confundidos por uma verdade além de nossa compreensão, procuremos fazer o melhor”.

  • A crise é antiga

    Jornal do Commerecio (PE), em 26/10/2007

    A propósito de democratizar a escolha dos livros didáticos oferecidos a milhões de alunos carentes da rede pública de ensino, o Ministério da Educação, há anos, tomou a deliberação de ouvir os professores que lidam com o material. Nada mais justo.

  • O islã, judeus e cristãos

    Folha de S. Paulo (SP), em 26/10/2007

    SE HÁ UM POVO sofrido é o curdo. A história não tem sido generosa com eles. Seu sofrimento é milenar. Agora, uma vez mais, eles estão no meio de um massacre. Pelo que eles lutam há séculos? Por uma nação independente, que se chamaria Curdistão.

  • A ação e o hábito

    Extra (RJ), em 26/10/2007

    “Qual é a melhor maneira de agir na vida?”, perguntou o discípulo ao mestre durante uma conversa. Sem lhe dar a resposta, o mestre pediu a ele que construísse uma mesa. Quando o móvel estava quase ficando pronto, faltando apenas os pregos de cima para serem afixados, o mestre aproximou-se. O discípulo cravava todos os pregos com três golpes precisos. Um prego, porém, estava mais difícil de entrar na madeira, numa parte onde havia um nó, e o discípulo precisou dar mais um golpe. O quarto golpe acabou enterrando o prego fundo demais e a madeira foi atingida. “Sua mão estava acostumada com três marteladas”, começou a explicar o mestre: “Quando qualquer ação de nossas vidas passa a ser apenas um hábito, ela perde seu sentido e pode terminar causando danos. Cada ação é somente uma ação e só existe um segredo: jamais deixe que o hábito comande seus movimentos”.

  • O desassombro de José Aparecido

    Jornal do Commercio (RJ), em 26/10/2007

    José Aparecido levou, no seu melhor coloquial, nossa mineiridade a uma dimensão cívica para ficar. Na inteireza do seu compromisso, foi ao desassombro. A coragem ganhava, teimosa, e sempre, a grande causa. O proverbial da velha cultura política brasileira vinha, pela conversa sem trégua, à transparência de um convencimento. As meras lealdades de grupo ou clã passavam a uma concertação, à visão coletiva do projeto nacional.

  • Realismo socialista

    Correio Braziliense (DF), em 26/10/2007

    Não é exagero dizer que a Revolução Russa, cujo nonagésimo aniversário está agora sendo lembrado (eu ia dizer celebrado, mas esta celebração, se existe, é para poucos) marcou o século vinte. Uma marca que era, a um tempo, política, econômica, social e cultural. Na esteira do movimento de 1917 surgiram diretrizes para a arte, para o cinema, para o teatro, para a literatura. Estas diretrizes podiam ser sumarizadas numa expressão: realismo socialista. O princípio básico do realismo socialista era simples: a arte e a cultura em geral deveriam estar a serviço dos ideais revolucionários. Em outras palavras (mas estas nunca eram admitidas pelos líderes), tratava-se de propaganda.

  • A vida fácil

    Folha de S. Paulo (SP), em 25/10/2007

    RIO DE JANEIRO - O teólogo suíço Hans Küng esteve entre nós e, mais uma vez, expressou a sua idéia básica: "A igreja (romana) deve tornar a vida das pessoas mais fácil, e não mais difícil". Ele desce a exemplos sintomáticos das dificuldades que a religião, no caso a católica, cria para seus adeptos. Acontece que todas as religiões, inclusive a católica, não se destinam a criar uma vida mais fácil para seus fiéis. Pretendem criar uma vida melhor em relação com o Deus escolhido.

  • Sacrifício para o céu

    Extra (RJ), em 25/10/2007

    Quando perguntaram ao abade Antônio se o caminho do sacrifício levava ao céu, ele respondeu: “Existem dois caminhos de sacrifício. O primeiro é o do homem que faz penitência porque acha que estamos condenados. Este homem se julga indigno de viver feliz. Neste caso, ele não chega a lugar nenhum, porque Deus não habita as nossas culpas. O segundo é o do homem que, embora sabendo que o mundo não é perfeito, faz penitência e oferece seu trabalho para melhorar o ambiente. Neste caso, a presença Divina o ajuda e ele consegue resultados no Céu”.

  • Alma da África

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 23/10/2007

    Muitas das esculturas africanas que Zora e o autor destas linhas trouxemos da África estão agora em exposição no Arte Sesc, no Flamengo (Rua Marquês de Abrantes, 99). Com a morte de Zora fiz questão de promover esta exibição pública antes de montar um local permanente em que as máscaras gueledés do escultor Simplice Ajaiy, do Benin, se juntem às perto de duzentas peças que formam nossa coleção num museu Antonio Olinto - Zora Seljan que dará ao Rio de Janeiro um novo centro cultural ligado à cultura africana.

  • Fatos e fotos

    Folha de S. Paulo (SP), em 23/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Feliz a época que, em vez de um, produz dois logotipos. Vivemos um tempo em que as imagens valem mais do que as palavras e conceitos. A Guerra do Vietnã, com a sua crua obscenidade, ficou naquela foto da menina nua e queimada pela napalm. Bem menos trágica, mas reveladora do transe que agora vivemos, temos dois momentos que certamente não ficarão para sempre, mas enquanto durarem servirão de síntese de nossas agruras e penas.