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Artigos

  • Chávez, da alternativa ao grotesco

    Jornal do Brasil (RJ), em 14/11/2007

    As palavras impacientes do rei Juan Carlos falaram por um sentimento internacional generalizado quando à escalada do ego de Chávez, confundido com a busca da alternativa ao modelo neocapitalista vindo no bojo da hegemonia americana. É só atentar hoje ao coração da América Andina e justamente diante dos governos do Equador ou da Bolívia para se sentir o empenho de procura da diferença dentro do confronto com a dominação americana e a realpolitk com que continuará nos próximos anos.

  • Vida, asas e raízes

    Extra (RJ), em 14/11/2007

    “Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio. Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar. Precisamos das asas que nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes. E aprender com eles.

  • A força do hábito

    Folha de S. Paulo (SP), em 13/11/2007

    RIO DE JANEIRO - Já lembrei dois episódios sobre as conseqüências de se falar muito sobre determinada coisa. O primeiro é trecho do "Tartarin de Tarrascon", romance de Alphonse Daudet. Tartarin ameaçava ir caçar leões na África, comprou equipamento especial, armas, tenda de campanha, mapas, marcou várias datas para a partida.

  • "Exu" terá leitura dramatizada no Flamengo

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 13/11/2007

    A peça de Zora Seljan, "Exu, o cavaleiro da encruzilhada", será lida no contexto da Exposição de Arte Africana que se encontra no Arte Sesc (Rua Marquês de Abrantes, 99 - Flamengo) no decorrer do seminário a se realizar no auditório: dia 21 de novembro das 18h às 18h45, conferência "Alma da África" e, das 19h às 19h45, conferência "Um rio chamado Atlântico", de Alberto da Costa e Silva.

  • Veto e insegurança jurídica

    Jornal do Brasil (RJ), em 12/11/2007

    A explicação consiste na grande quantidade de medidas provisórias editadas pelo Executivo NO CONJUNTO de reformas institucionais que o país reclama, deve-se inserir, além das mudanças em nosso modelo político (leia-se sistema partidário e eleitoral), o revigoramento da Federação, hoje fragilizada pela enorme concentração de poderes no governo federal.

  • A Glória de "O Quinze"

    Jornal do Commercio (RJ), em 12/11/2007

    Se viva fosse, a escritora Rachel de Queiroz, a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, faria 97 anos em 17 de novembro. Nascida em Fortaleza, faleceu no Rio aos 93 anos de idade, em 4 de novembro de 2003.

  • Diferenças no pensar

    Extra (RJ), em 12/11/2007

    O professor coreano Tae-Chang Kim analisa bem ao fundo as diferenças entre o pensamento ocidental e oriental. “Ambas as civilizações têm uma regra de ouro. No Ocidente, vocês dizem: ‘Farei para meu próximo aquilo que gostaria de fazer para mim. Isto significa que aquele que ama, é quem estabelece as condições em que o amor pode se manifestar”. A regra de ouro do Oriente parece quase igual: ‘Não farei ao meu próximo aquilo que não desejo que ele faça comigo. Mas ela parte do que a outra pessoa está sentindo. Isto faz toda a diferença”.

  • Porque amamos os homens

    Revista O Globo (RJ), em 11/11/2007

    Uma amiga minha, Julia, me enviou o texto a seguir. Quando tentei entrar em contacto com ela para saber se era de sua autoria, ela viajou e não sei exatamente quando volta.

  • Razões de um fracasso

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/11/2007

    RIO DE JANEIRO - Nunca é tarde para aprender alguma coisa a respeito dos outros e de si mesmo. Sempre impliquei com o fato de existirem pobres e milionários, e muitas vezes me perguntei porque não era milionário. Li biografias dos grandes magnatas e entendi a razão da mediocridade de minha vida e de minha pecúnia. Rockefeller vendia perus na adolescência, terminou dono da Standart Oil Co. Onassis catava guimbas de cigarros em Buenos Aires e terminou casado com a viúva de Kennedy.

  • Falta d’água ameaça Berlim!

    O Estado de S. Paulo (SP), em 11/11/2007

    Aqui estou, em mais um titânico esforço de reportagem deste periódico, depois de uma situação calamitosa, tudo fazendo para proporcionar aos nossos ávidos leitores uma cobertura tão completa quanto possível dos acontecimentos alarmantes que se sucederam vertiginosamente, a ponto de havermos temido o pior. Conferenciei com um vizinho, que é da Europa Oriental e, no primeiro momento, se encontrava trêmulo e pálido. Comunicamo-nos em inglês, já que ele fala uma variante de um dialeto servo-croata-montenegrino, ou algo assim, ou então estava uivando mesmo, nunca saberei.

  • Supremo poder

    Extra (RJ), em 10/11/2007

    A prece do mestre sufi Dhu 1 Num, egípcio, que morreu no ano de 861 a.C., no Egito: “Ó Deus, nunca presto atenção às vozes dos animais ou ao ruído das árvores, ao murmúrio das águas e ao gorjeio dos pássaros. Mas percebo nelesum testemunho da Tua unidade. Ó Deus, reconheço-Te na prova da Tua obra e na evidência de Teus atos. Consente, ó Deus, que Tua satisfação seja minha satisfação. Que eu seja Tua alegria, aquela alegria que um pai sente por um filho. E que eu me lembre de Ti todas as vezes que Te sentir, com tranqüilidade e determinação.”

  • Tabuleiro de xadrez

    Extra (RJ), em 31/10/2007

    O jovem disse ao abade zen: “Tudo o que meu pai me ensinou foi jogar xadrez”. Ele pediu um tabuleiro de xadrez, chamou um monge e mandou-o jogar com o rapaz. Acrescentou: “quem perder morrerá”.

  • Mídia, violência e retórica

    Jornal do Brasil (RJ), em 31/10/2007

    Nos últimos 20 anos no país, a taxa de violência aumentou de 77%, atingindo hoje a média de 50 mil pessoas por ano. O incremento é dos mais perturbadores e se choca com os demais índices que hoje situam o Brasil em ganho crescente de prosperidade e bem-estar social. Banaliza-se o crime, mas amadurece a mídia em noticiá-lo. Perde o caráter de sensacionalismo e começamos a agendar um alerta, e uma política pública nesta área crítica da mudança. Ao mesmo tempo, a repetição do evento vem anestesiando a sua repercussão e leva a uma retórica do conformismo na civilização de massa dos nossos dias. É o que induz à pergunta, qual é o nível de tolerância com a desordem, e qual é a temperatura mediática, afinal, para enquadrá-lo nas manchetes, reduzi-la a um estereótipo e, para muitos, como acidentes do progresso, e não afronta continuada à nossa humana condição? De toda forma, no mundo mediático a violência já perde toda a condição de impacto direto sobre a opinião pública, tendo-se em vista o seu potencial mercadológico ainda de sensação, ou o migrar para outro registro de interesse coletivo.

  • O tamanho do verso

    Tribuna da Imprensa (RJ), em 30/10/2007

    Quando passou o homem a escrever em versos? Ou a pensar em verso? Ou a engenhar uma frase mais longa e parar no meio? Houve talvez, nele, a necessidade urgente de respirar antes de ir em frente com o que desejava dizer? A explicação grega, para o fenômeno do verso, é simples e clara. Foram os autores de teatro que impuseram uma pausa, depois de eles atravessarem o proscênio do palco de uma extremidade a outra - ou então os próprios atores hajam resolvido fazer uma pausa a cada travessia do palco, ao mesmo tempo em que diziam o texto, de modo que o resto desse texto ficasse para o retorno à extremidade anterior.

  • Livros e intolerância

    Zero Hora (RS), em 30/10/2007

    Hoje à noite, na Reitoria da UFRGS, estarei dividindo o palco desta fantástica maratona cultural que é o Fronteiras do Pensamento com a escritora norueguesa Asne Seierstad. Estou grafando o nome dela (que, informaram-me, pronuncia-se "Osne") de forma errada: falta um sinal gráfico, uma espécie de bolinha, em cima do A, e enquanto eu não tiver um teclado norueguês o erro será inevitável. Mas é um alívio, para quem, como nós, tem de lidar com tantos acentos. Já imaginaram se, além da crase e do circunflexo, tivéssemos de colocar também bolinhas sobre as letras? Passaríamos o resto de nossas vidas às voltas com essa tarefa.