
O xaroposo presidente
[2]O senador Renan tornou-se xaroposo e com isso acentua o desprestígio das instituições políticas. Um desserviço à Nação.
O senador Renan tornou-se xaroposo e com isso acentua o desprestígio das instituições políticas. Um desserviço à Nação.
O governador Vilela determinou a interrupção da Parada do dia 7 de setembro em Maceió; diante da invasão da avenida pelos funcionários públicos. Não tínhamos até hoje a Chegada do protesto à afronta limite aos símbolos nacionais. O gesto de confronto, de tão ousado, ficou ainda no limbo da sua verdadeira intenção. Vilela se teria precipitado no desfecho. Tratava-se, tão-só, de pedido de interlocução ao chefe do governo, prevendo, inclusive, a associação dos manifestantes ao desfile. A ação afirmativa entraria, por aí mesmo, numa zona gris de perplexidades, que põe em causa o avanço democrático do país. Vai-se logo às últimas conseqüências nestes dias, tal como, muitas vezes, é errática a proposta mobilizadora.
RIO DE JANEIRO - No último domingo, a propósito do voto secreto adotado em algumas instituições, associações e clubes, contei um episódio folclórico na Academia Brasileira de Letras, que, apesar do esforço contrário de alguns de seus membros, cultiva esse tipo de processo eleitoral para a admissão de novos acadêmicos.
Gosto muito de recordar a rica convivência com Gilberto Freyre, a partir de privilegiar o que me disse dos seus dias de menino. Tanto do menino considerado um quase caso-perdido, por só tão tarde ter aprendido a ler e a escrever, como do menino que se encontrou ao descobrir o engenho, nos dias vividos em São Severino do Ramo, no município de Paudalho, Zona da Mata de Pernambuco. Tanto do pai-menino que se imiscuía na administração do Prata, o clube de garotos a que seu filho Fernando deu vida, em Apipucos, como dos meninos encoletados em couro, meio vaqueiros meio cangaceiros, que mereceram sua atenção de intérprete do Brasil. E não falemos dos meninos açucarados dos engenhos, nem dos meninos dos mangues do Recife, estes, espécie de versão pernambucana dos Capitães da Areia.
O "Correio da Manhã" foi uma exceção naquele tempo; a mídia apoiou compactamente o golpe perpetrado em 1964
O BRASIL TEM um desafio permanente em sua história: pagar a dívida social. Esse problema, que foi universal, acabou resolvido pelo "Welfare State" (Estado de Bem-Estar Social), pelos regimes democráticos que se sucederam às revoluções do século 18. Aqui o problema da desigualdade cresce a cada dia. Enfrentávamos o descompasso entre as necessidades de crescimento e de promoção social.
Lemos que o Tribunal de Contas da União (TCU) considera irregulares 77% das obras do País, perfazendo um prejuízo de R$ 5 bilhões. Damos como certa a acusação do TCU e comentamos: políticos, perto das eleições, conseguem obter autorização para iniciar obras - muitas vezes irregulares - que são completamente abandonadas quando a eleição já está ganha, tornando-se obra irregular e juntando o seu quinhão ao prejuízo de R$ 5 bilhões.
Os passageiros encontraram-no sentado no banco, segurando um cartaz que dizia: "Cedo este lugar"
A tradição oral listou os dez passos do Caminho Espiritual. A inquietação: a pessoa percebe que precisa mudar de vida, seja por tédio ou por sofrimento. A busca: vem a decisão da mudança. A decepção: aquele que está buscando percebe os problemas e defeitos dos que ensinam. A negação: é comum abandonar o caminho depois de constatar que os que estão nele ainda não resolveram seus problemas. A angústia: o caminho foi abandonado, mas uma semente foi plantada: a fé. A pessoa sente-se desconfortável, com a sensação de que descobriu e perdeu.
É claro que não tenho certeza, mas creio que a grande maioria dos brasileiros se sente enredada num clima de bandidagem, no qual avultam em maior destaque os políticos. Que se espere, talvez, de pessoas mais esclarecidas ou informadas, uma distinção entre os poucos bons e os muitos maus. Mas não se espere isso dos muitíssimos que nem dinheiro têm para comprar um jornal barato, ou nunca viram um jornal, ou não sabem ler, ou estão mais preocupados em conseguir um copo com água para beber, daquela que há séculos vem sido prometida a seus antepassados e sempre foi para os açudes dos coronéis ou para o saco sem fundo de administradores e empresas delinqüentes. Acredito que essa maioria de brasileiros não vê mais indivíduos entre os políticos. Vê uma massa amorfa, buliçosa e esquiva de ladrões, mentirosos, escroques, assassinos, vivaldinos - o que lá se pense de condição criminal ou moralmente execrável.
RIO DE JANEIRO - Gabriel García Márquez disse que precisava de um ano para escrever um livro de 400 páginas. Confessou que a mesma história, em forma de bolero, poderia ser escrita em meia hora e no espaço de três minutos e meio, tamanho de uma faixa musical.
O Fórum de Debates da XIII Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro foi excelente pretexto para focalizar alguns aspectos essenciais da nossa língua e literatura. A começar pela adiada entrada em cena do Acordo Ortográfico de Unificação, a que Portugal resistiu bravamente. Segundo seus filólogos, estaria havendo um “colonialismo dos excolonizados”, querendo impor 1,4% de alterações ortográficas para Portugal, contra 0,5% do Brasil.
Quem quiser percorrer o centro e os bairros de São Paulo vai encontrar nessa imensa megalópole, invariavelmente, dificuldades de trânsito, principalmente durante a semana, tal o número de veículos automotores que circulam pelas ruas, avenidas e praças.
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