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Artigos

  • O silêncio de Deus

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 05/09/2005

    Lendo o livro de Jorge Semprun "O Morto Certo" (editora Arx, 2005), fiquei impressionado com a sucessão de misérias ocorridas no campo de concentração de Buchenwald, onde o escritor espanhol esteve durante os últimos anos da 2ª Guerra Mundial. Já conhecia o horror dos outros campos onde milhões de judeus foram massacrados.

  • Conjugação de verbo roubar

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/09/2005

    Num de seus sermões o padre Antônio Vieira, S. J., trata do verbo roubar ou verbo rapio, conjugado pelos portugueses nas colônias de seu tempo e das quais tinha notícia.

  • A resposta está na filosofia

    O Globo (Rio de Janeiro), em 04/09/2005

    Acabo de ler os jornais, não tenho por perto ninguém para conversar e pelo telefone até hoje não me ajeito bem, resolvo pensar sozinho mesmo. Já não sou um rapazinho, os neurônios rateiam diante da profusão estonteante de acontecimentos, mudanças de percepção e avaliação.

  • Relembrando o feiticeiro mexicano

    O Globo (Rio de Janeiro), em 04/09/2005

    QUANDO NASCE O SOL, EU VOU trabalhar. Quando o sol se põe, volto para casa e descanso. Cavei o poço de onde tiro água para beber, e cultivo o campo que me dá o alimento. Agindo assim, estou em perfeita comunhão com o Criador - e nenhum rei pode fazer melhor que isso.”

  • As CPIs e Frank Sinatra

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/09/2005

    A piada talvez não seja nacional, mas é carioca, tipicamente carioca. Como alguns podem recordar, durante séculos, anunciava-se a vinda de Frank Sinatra ao Brasil. E ele nunca vinha. Era um punhal cravado no coração, um espinho no orgulho nacional.

  • Lula lá, depois do denuncismo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 02/09/2005

    Já sabemos, desta vez, pelos scripts óbvios da irrupção moralista nacional não vamos aos desfechos de sempre. Talvez, de fato, por estar na fogueira, a carne do partido diferente. As cinzas já são outras no combustível das denúncias ao deixa-disso final que sempre convém ao País de sempre. Não está em causa apenas o Brasil dos cartolas, nem a demolição a que possa chegar o denuncismo como paixão em desenfreio sob o álibi moralista. Dos escândalos de libreto conhecido, passa-se por uma vez à interrogação de se o País que, pela primeira vez, foi ao poder com Lula se reconhece numa comoção tradicional do regime estabelecido, seus abusos continuados do poder como cosa nostra, e do remédio das CPIs sazonais para vociferar e esquecer.

  • Da felicidade

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 02/09/2005

    Deu-me desejo de escrever sobre esse tema quando participei, em São José de Ribamar, cidade referência de peregrinação religiosa no Maranhão, de um festival de literatura -uma réplica pobre do de Parati- que reúne intelectuais e leitores para discutir e divagar sobre os temas da cultura, principalmente da criação literária.

  • Rádio comunitária: o ar é de todos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 02/09/2005

    Cresce no Brasil o número de rádios comunitárias, especialmente em regiões periféricas. A lei estima que elas devem operar em caráter secundário, mas o que está ocorrendo é uma brutal distorção no uso do canal 200, com interferências dramáticas em canais de radionavegação aérea.

  • Jornal antigo com grande cena na alcova da rainha

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 02/09/2005

    Vou contar uma história que poderá parecer inverossímil, mas é verdadeira, embora fantástica. Um sujeito -cujo nome não importa, mas que viveu realmente, sendo inclusive vizinho de um tio que morava no Grajaú-, ali pelos 50 anos, decidiu fazer uma viagem pelo mundo, mas foi sozinho, sem levar mulher e filhos. Deixou dinheiro suficiente para os dois anos que passaria fora e uma instrução suplementar, diria que pétrea: em sua ausência, a família compraria, todos os dias, os jornais que ele habitualmente comprava, inclusive edições extras, se as houvesse.Tudo deveria ser guardado religiosamente, em ordem cronológica, e deviam ser tomadas cautelas de preservação, impedindo que baratas roessem os jornais e a poeira os maltratassem. Ele não podia prever que, estando em Lubeck, lá em cima, onde a Alemanha acaba, nas margens do Báltico, tivesse um mal-estar e fosse internado num hospital, onde passaria mais de dois anos.

  • O resto é silêncio

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 01/09/2005

    A caminho do terceiro mês de crise, e como se não bastassem a confusão nacional e a indignação da sociedade, setores mais entusiastas do "quanto mais cuspe melhor" criticam o silêncio dos intelectuais. Uma cobrança polêmica. Nunca os intelectuais falaram tanto, contra, a favor ou mais menos. Falaram e continuam falando mais do que os depoentes das CPIs, as autoridades, os inocentes e os culpados.

  • O Petróleo, de novo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 01/09/2005

    Lembro-me com nitidez do primeiro choque do petróleo. Foi em 1973; o bruto passou de US$ 2,50 o barril a US$ 12,00, de um dia para outro. O mundo ficou de joelhos diante dos potentados do ouro negro, esse óleo viscoso, mal odoroso, que domina o mundo. Pequenas nações, sem peso com os grandes problemas no mundo, como a Venezuela e a Colômbia, foram guindadas à altura de potências decisivas.

  • O idioma português como o patrimônio

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 31/08/2005

    Nas preocupações da Academia Brasileira de Letras avultam as questões relativas à cultura e à educação do povo e, aí, ganha relevo maior uma competente e bem orientada política da língua portuguesa como fundamento e instrumento da cultura nacional. Se cabem às instituições de ensino o estudo, a pesquisa e a investigação da língua portuguesa em toda a sua dimensão histórica, caberá fundamentalmente à ABL a promoção dos meios e providências necessárias ao cultivo e florescimento da língua escrita padrão ou exemplar, como a entendemos, para efetivar os objetivos traçados pelos fundadores da Casa de Machado de Assis e que estão consagrados, como cláusulas pétreas, no artigo 1º dos nossos estatutos.

  • O legado de agosto

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 31/08/2005

    Pelos meus cálculos, que nunca são confiáveis, agosto termina hoje. Com sua fama de trazer azar e promover desgostos, criou alguns casos por aí, mas um único fatal, pelo menos até segunda ordem: morreu a Velhinha de Taubaté. Não de causas desconhecidas - como disse o Veríssimo, que deveria saber melhor do que todos nós -, mas por falência múltipla de órgãos.Além dos órgãos que todos trazemos desde o momento de nossa concepção, recentemente a Velhinha havia acrescentado a seu combalido organismo mais três órgãos em forma de Comissões Parlamentares de Inquérito, que parecem estar a caminho da falência.