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Artigos

  • Os limites do futuro

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 21/06/2006

    "Como serei quando tiver 64 anos?", perguntou um jovem nos anos 60, quando estava com tudo à sua frente, o sucesso, a fortuna, a vida inteira, enfim. Esse jovem está fazendo agora 64 anos e, se teve sucesso em sua vida, foi quase um fracasso em prever o seu futuro.

  • A volta dos ditadores

    Diario do Comercio (São Paulo), em 21/06/2006

    Li no noticiário estrangeiro do nosso jornal que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou que vai cassar as licenças de exploração televisiva se as emissoras em funcionamento continuarem a criticar o seu governo. Como se sabe, as televisões dependem de licença do governo, que pode de uma penada provocar a troca do dono ou então fazer com que dispensem comentaristas ou analistas importunos. Evidentemente, Hugo Chávez está assumindo postura de ditador no velho estilo latino-americano, que tantos males trouxe para o continente, tais os excessos praticados durante os respectivos governos.

  • Situações difíceis

    Extra (Rio de Janeiro), em 20/06/2006

    Certas vezes, temos que arregaçar as mangas e resolver uma situação difícil. Nestes casos, nada pior do que adiar. É melhor resolver logo. Quando eu tinha 10 anos, minha mãe me obrigou a fazer um curso de educação física. Um dos exercícios era pular de um píer para água. Eu morria de medo. Ficava no último lugar da fila, e sofria com cada menino que pulava na minha frente, porque logo chegaria a minha hora. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu passei a ter coragem.

  • Dinheiro e sangue

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 19/06/2006

    Esforço meritório, mas parece que inútil, o do deputado Fernando Gabeira em levar adiante a CPI que investigará o escândalo das ambulâncias. Meritório porque o Congresso precisava fazer alguma coisa para apurar as denúncias que envolvem alguns de seus membros. Inútil porque, apesar da seriedade de Gabeira e de outros congressistas em apurar os fatos, o tempo e o modo fatalmente impedirão que os trabalhos da comissão cheguem a um resultado que puna os culpados.

  • Passo a passo em Munique

    O Globo (Rio de Janeiro), em 19/06/2006

    Sei que vocês devem ter sentido a mesma coisa, aí em frente a tevês ou telões, mas eu estou aqui no centro de imprensa de Munique, duas horas antes do jogo. No meu bolso direito, um frasquinho de uma tisana à base de maracujá, oferecido por uma compatriota solidária com meu estado lamentável.

  • A mídia derrotada

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 18/06/2006

    A pesquisa mais recente, divulgada na última semana, tem sido interpretada de diversos modos e intenções. O crescimento da popularidade de Lula e da aceitação de seu governo não deixa de provocar um exame de consciência nos profissionais da mídia, alguns deles acreditando que a imprensa, em geral, é o quarto poder.

  • Vamos a esse canguru

    O Globo (Rio de Janeiro), em 18/06/2006

    Para trás Frankfurt, agora é Munique. Não posso honestamente dizer que fico com saudade. Não por causa de Frankfurt, grande centro de negócios e finanças, mas que tem lá seus charmes, alguns um pouco escondidos, que valem a pena conhecer.

  • Sincronicidade

    Diário da Manhã (Goiânia), em 18/06/2006

    Sábado à noite. Vou comprar as revistas da semana, leio uma matéria que me chama especial atenção e penso: “devia escrever um e-mail para a Anabela Paiva (jornalista que escrevera o artigo), cumprimentando-a”. Vou ao computador, procuro seu e-mail, não encontro, e esqueço o assunto.

  • Renovação

    Extra (Rio de Janeiro), em 18/06/2006

    Daqui por diante - e por algumas centenas de anos – o Universo vai boicotar as pessoas preconceituosas. A energia da Terra tem que ser renovada constantemente. As novas idéias precisam de muito mais espaço para serem apreciadas e compreendidas. O corpo e a alma precisam de novos caminhos para se unirem harmoniosamente. O futuro bate a nossa porta, e todas as idéias – exceto as que envolvem preconceito – terão chance de aparecer e serão mais valorizadas pelas pessoas. O que for importante, ficará. O que for inútil, desaparecerá.

  • Testemunho de um século entre Academia e jornal

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 17/06/2006

    Este álbum de arte, que acaba de ser editado, tem uma unidade lingüística numa variedade temática, porque abrange desde o espírito da Páscoa, de Alceu, até os escritores do Império e da República, de Secchin, passando pelas Ephemerides brazileiras de Rio Branco, a língua português de Bechara, o Sartre de Cony, o Otto de Lêdo e o narco imperialismo de Jaguaribe.

  • O sábio verdadeiro

    Extra (Rio de Janeiro), em 17/06/2006

    Um mestre budista viajava com seus discípulos, quando reparou que eles discutiam quem era o maior. “Faço meditação há 15 anos”, dizia um. “Faço caridade desde que saí da casa dos meus pais”, dizia outro. “Sempre segui os ensinamentos de Buda”, dizia um terceiro. Pararam debaixo de uma macieira para descansar e os galhos estavam carregados. O mestre falou: “Quando uma árvore está com frutos, seus ramos tocam o chão. O verdadeiro sábio é humilde. Quando uma arvora não tem frutos, seus ramos são arrogantes e altivos. O tolo se crê maior que o próximo”.

  • Momento de verdade

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 17/06/2006

    O torcedor brasileiro está condenado a se preocupar com Ronaldo, um fenômeno em vários sentidos, desde suas atuações no passado até aos casos que vem criando ou que criam com ele. Conseguiu uma unanimidade durante o jogo contra a Croácia: foi o pior, o mais lamentável jogador em campo. Antes disso, ocupou a mídia com suas bolhas nos pés e sua resposta malcriada ao presidente Lula, que muitos acharam oportuna e muitos acharam despropositada. Afinal, a forma física dele é indisfarçável: está gordo e, em campo, o excesso de peso é visível para um cego de nascença.

  • Vamos dar uma força a Ronaldo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 17/06/2006

    Entre as coisas mais terríveis que acontecem aos muito famosos, está a de que ele ou ela deixa de ser gente. Passa a pertencer a uma espécie à parte das outras pessoas, principalmente se, junto à fama, vem a fortuna.

  • Fundamentalismos e nações a perigo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 16/06/2006

    A cidade de Dili, no Timor, vem de ser sacudida pela mais violenta comoção popular desde a separação da Indonésia. Vencendo Alan García, no Peru, Humala, o derrotado, declara que apenas começa o conflito diante do país que vê inexoravelmente rachado. Evo Morales, por seu lado, não deixa dúvidas de que ser boliviano é antes de tudo reivindicar a sua matriz Aymara, numa nação em que o colonialismo exasperou as condições constitutivas de marginalidade para além da pobreza. Na luta contra o governo constituído do Timor entrou em pauta a resistência das tropas do Exército a serem obrigados a falar português, consoante a nova cidadania trazida com a independência. A massa da população permanece fiel ao idioma indonésio, já que a língua de Camões, ao momento da independência não vinha à boca de mais de 2% da população.

  • A agonia da Varig

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 16/06/2006

    Assis Chateaubriand, quando advertido por João Calmon, superintendente dos Diários Associados, que a situação do O Jornal, que então circulava no Rio, era crítica, respondeu: “Não se desespere, Calmon, jornal não morre de enfarte e a doença que o mata leva, no mínimo, dez anos.”