Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Dirceu faz História

    O Globo, em 10/10/2012

    O dia histórico em que o ex-todo-poderoso ministro petista José Dirceu foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal foi marcado pelas atitudes de dois ministros, ambas marcantes no transcurso do julgamento. Dirceu entra para a História desta vez pela porta dos fundos, enquanto a ministra Cármen Lúcia diz que não está a julgar o passado de Genoino, também condenado, mas sua atuação nos crimes relatados nos autos.

  • Liberdade de expressão?

    Jornal do Commercio, em 28/09/2012

    Quem não conhece o assunto em profundidade pode ser levado a cometer equívocos de interpretação.  A Academia Brasileira de Letras, como faz há cinco anos, cede seus espaços gratuitamente ao filólogo Adauto Novaes para a  realização de seminários sobre o pensamento.  Dessa vez, o tema era “Arte, sexo e pornografia”, com a conferência do professor Jorge Coli, da Unicamp.

  • Guerra da luz divina

    Jornal do Commercio (PE), em 22/09/2012

    Toda nação deve cultuar seus líderes e os fatos marcantes de sua história, sem o que não cria entre os nacionais o sentimento patriótico. O Livro dos heróis da pátria, de acordo com a Lei 11.597/07, destina-se ao registro perpétuo do nome dos brasileiros ou de grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida à Pátria, para sua defesa e construção, com dedicação e heroísmo. A distinção só pode ser concedida no mínimo 50 anos depois da morte do homenageado.

  • Dante e a Justiça

    O Globo, em 19/09/2012

    Participo em Ravenna de um encontro sobre a Divina comédia. Os restos mortais do poeta encontram-se aqui, na basílica de São Francisco, e, a quase setecentos anos de sua morte, sua obra alcançou dimensão planetária, traduzida para as mais impensáveis línguas do mundo. 

  • A ópera do Mercosul

    O Globo, em 22/08/2012

    As declarações descabidas e previsíveis de Federico Franco, presidente ad hoc do Paraguai, lembram as linhas de um frágil libreto de ópera. As personagens são sempre as mesmas, não trazem sinais de novidade, com monótono desfecho, seguido de aplauso protocolar. 

  • Depois do Inferno

    O Globo, em 18/07/2012

    O Instituto Moreira Salles abriu neste fim de semana duas exposições dedicadas ao trabalho memorável de Nise da Silveira. Salta aos olhos a coragem da ”psiquiatra rebelde”, como propõe o itinerário de leitura de Luiz Carlos Mello, sendo impossível não sair de lá emocionado. Não sair arrebatado com as obras realmente fascinantes de Emygdio e Raphael, considerados, por Heloísa Espada e Rodrigo Naves, “dois modernos no Engenho de Dentro”.

  • A Longa Noite Síria

    O Globo, em 20/06/2012

    As notícias da Síria não podiam ser mais dolorosas.  Como se a lógica do pior não tivesse escrúpulos em progredir, alimentada pelo ódio irreversível das facções no auge da guerra civil. Assusta o número de mortos, alguns dos quais com sobrenomes que recordam o das famílias que me abriram suas casas de forma tão generosa naquele país.

  • A cidade dos vivos

    O Globo, em 23/05/2012

    Enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava em Brasília a mais que esperada Comissão da Verdade, um velho sobrado, na rua do Lavradio, desabava de modo irreversível. Segundo as estimativas do Crea,  uma centena de prédios antigos corre o mesmo risco de naufragar nas ondas do descaso. 

  • Universidade Democrática

    O Globo, em 25/04/2012

    O Ministério da Educação abre uma janela para a universidade brasileira, ao estender para a graduação a modalidade de estudos no exterior, a conhecida bolsa-sanduíche.

  • Elogio do Inacabado

    O Globo, em 23/04/2012

    Leonardo Boff escreveu um livro denso com a leveza de uma prosa luminescente, minimalista e breve. Em Cristianismo: o mínimo do mínimo, Boff dá mais uma vez provas sobejas do alcance de seu fazer teológico, nos limites de uma cultura da paz e da emancipação. 

  • Políticas da Memória

    O Globo, em 21/03/2012

    A notícia do fim da Enciclopédia Britânica, em formato real, foi recebida pela imprensa com um misto de triunfalismo e saudade. Se, para muitos, o oráculo de Delfos da Wikipédia levou Apolo e Atenas para a fila dos deuses desempregados, para outros teve início a cerimônia de adeus. 

  • Diário de Drácula

    Valor Econômico, em 16/03/2012

    Nesses dois últimos anos houve uma devastadora  epidemia de vampiros, que assolou nosso mercado editorial. Monstros aparentados com Drácula ou com a brigada dos diabos dantescos, sob os raios canônicos da lua e os não menos clássicos e afiados  caninos. Podemos tomar tranquilamente um bom café na companhia do conde romeno e de suas variedades: um sem-número de figuras ambíguas, vagantes, filhas do reino das trevas. 

  • Bárbaros na Grécia

    O Globo, em 22/02/2012

    Há quem julgue insuficiente explicar o mundo que nos cerca, a partir da ideia da modernidade líquida, cujo ponto de vista parece ter cumprido seu destino crítico. As metáforas também envelhecem. Se com as novas  leituras de Marx havíamos  detectado a passagem do estado sólido para o estado líquido, a interpretação das dinâmicas do mercado seria mais legível no estado gasoso.

  • Arte de Naufragar

    O Globo, em 25/01/2012

    A cem anos do naufrágio do Titanic, o Costa Concórdia não chega a ser um texto forte, mas uma nota de pé de página. Um deplorável libreto em preto e branco – sem o drama da metáfora daquela branca montanha de gelo – cheio de lances absurdos, dignos de uma opereta de gosto duvidoso, ou de uma velha história em quadrinhos, definida com repetidos traços maniqueístas. 

  • O vermelho e o negro

    Folha de São Paulo, em 30/12/2011

    Creio ter violentado uma das regras fundamentais do ofício que exerço por equívoco há mais de 60 anos. Equívoco meu e dos outros. Por vontade própria, jamais seria jornalista ou escritor. A soma de circunstâncias desfavoráveis é que me levou a ser o que sou.