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Artigos

  • A Reforma política

    O Globo, em 28/12/2011

    Se é verdade que a sociedade civil é fruto de uma utopia do Iluminismo e, por isso mesmo, habitada pela incompletude e pela incessante revisão de seus princípios, no caso brasileiro as lacunas parecem abismos e reclamam maiores cuidados. O ano termina  com a sofrida renovação das pastas ministeriais,  a criação do PSD e a volta de conhecido representante do Pará ao Senado Federal. 

  • Galeria Alaska

    Folha de São Paulo, em 27/12/2011

    Encontro um amigo por acaso, em Copacabana, havia muito que não nos víamos, começamos a contar o que estávamos fazendo ou o que pretendíamos fazer. Nisso passou por nós um conhecido comum, cumprimentou-nos à distância e se perdeu no turbilhão da Galeria Alaska.

  • O partido no poder

    O Globo, em 25/12/2011

    Um grande diferencial entre os governos Fernando Henrique e Lula, detectado pelo estudo da cientista política Maria Celina D"Araujo, professora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, está relacionado ao tema partidário.

  • Protegendo as crianças

    O Globo, em 25/12/2011

    Uma vez falei aqui contra a chamada lei da palmada e fiquei com medo de sofrer uma tentativa de linchamento. Falei contra a lei e não a favor da palmada, mas fui amplamente descrito como um primitivo nordestino, defensor da tortura de criancinhas. Então acho que devo esclarecer que apanhei bastante em pequeno e até admito que o muito que há de torto em minha cabeça possa ser ligado a essas tundas, que iam bastante além de palmadas, em detalhes que não me dá gosto lembrar. No meu currículo, arrolam-se chinelos, tamancos, cabos de escovas, palmatórias (não só em casa, mas também na escola da professora Madalena, em Itaparica), cinturões de todos os materiais, beliscões, puxavantes de orelha, um ocasional cachação e aparentados.

  • Noite infeliz

    Folha de São Paulo, em 25/12/2011

    É possível que muita gente tenha recordações do Natal. Não faço exceção à regra. Passei um Natal preso numa cela do Batalhão de Guardas, em São Cristóvão. Lembro de um pôster enorme que o comandante me mandou, um Papai Noel muito gordo e risonho. -o bom velhinho me desejava felicidades e me aconselhava a tomar um refrigerante que detesto.

  • Singapura ou Cingapura? Cont

    O Dia (RJ), em 25/12/2011

    Acerca da grafia dos nomes geográficos, os topônimos, assim se pronuncia Gonçalves Viana, no livro “Ortografia Nacional” (Lisboa, 1904): “A maior parte da antiga nomenclatura que usaram os nossos escritores desde o século XV, e mesmo antes até o princípio do século passado, vai caindo em desuso ou sendo menosprezada, não se tendo na devida  conta que esse vocabulário e as formas genuinamente  portuguesas de nomes próprios de mares, de rios, de terras, de povoações, de quaisquer localidades enfim, fazem parte essencial do léxico nacional, tão essencial como as demais dições da língua pátria. A  maioria, senão todos os compêndios empregados no  ensino geográfico vêm inçados de denominações estrangeiras ou estrangeiradas, malformadas umas, falsas outras,  ilegíveis muitas delas, e não poucas inúteis  por já existirem na língua outras, ou melhor autorizadas  por bons escritores nossos, ou mais conformes com a índole e particularidades de pronúncia do idioma que falamos e sua ortografia tradicional, cujas feições típicas são característico nacional de tamanha  valia como outro qualquer dos que nos diferençam  dos demais povos.”(p.227).

  • Retrato da burocracia

    O Globo, em 24/12/2011

    A cientista política Maria Celina D’Araujo, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ, analisando a composição dos altos cargos públicos no Brasil tendo como foco o perfil político, econômico e social dos ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) níveis 5 e 6, nos governos Fernando Henrique e Lula, chega à conclusão de que, embora a partidarização tenha sido maior no governo Lula, e a conexão entre serviço público, filiação sindical e partidária reflita-se mais intensamente na nomeação dos dirigentes públicos quando o PT está no poder, em ambos os governos “é alta a qualificação técnica e acadêmica dos dirigentes públicos, bem como sua experiência profissional”.

  • Brasil x EUA: afastamento gradual

    O Globo, em 23/12/2011

    Tomando por base a taxa anual de convergência com os Estados Unidos nas votações realizadas na Assembleia Geral da ONU, em mais de seis décadas e 18 mandatos presidenciais, o cientista político Octavio Amorim Neto, da Fundação Getulio Vargas do Rio, apresenta um interessante panorama do processo histórico que moldou nossa política externa, levando-a a um progressivo distanciamento em relação aos Estados Unidos.

  • Mal começa o fundamentalismo americano

    Jornal do Commercio (RJ), em 23/12/2011

    No decorrer deste ano só se reforçaram os perigos da expansão do fundamentalismo americano, em contrapartida às ameaças da radicalidade islâmica, ou do terrorismo, brotado há uma década, com a derrubada das torres de Manhattan. Não o aplacou a execução de Bin Laden, nem a de um dos seus principais lugares-tenentes, entregue, também, ao fuzilamento americano pelo governo do Iêmen, e em troca da conservação do status quo do país.

  • Ataque à imprensa

    O Globo, em 22/12/2011

    As duas ações recentes do governo da Argentina contra o grupo jornalístico Clarín, o maior do país, fazem parte de uma já longa disputa pelo controle da informação pelo governo de Cristina Kirchner, prosseguindo o projeto que foi iniciado no governo de seu falecido marido, Nestor Kirchner.

  • O galo cantou

    O Globo, em 21/12/2011

    O Estado do Rio vem experimentando um processo de recuperação de espaços públicos antes dominados pelos traficantes de drogas que tem, para além de seu aspecto social, características políticas especiais. A função central das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) espalhadas pelas diversas comunidades recuperadas para a cidadania, acabar com o domínio dos bandidos sobre o território das favelas, precisa ser complementada por ações que deem consequência prática a este novo momento.

  • Retrocesso

    O Globo, em 20/12/2011

    A decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, de que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não pode investigar juízes antes de a denúncia ser analisada pela corregedoria do tribunal onde se registra o caso, tem caráter meramente simbólico, já que o Judiciário entrou em recesso. Tudo indica que a liminar tem o objetivo de marcar uma posição enquanto o plenário do STF não julga o mérito da ação. Por coincidência, a decisão do ministro foi divulgada uma semana depois que o CNJ mandou investigar nada menos que 23 tribunais regionais.

  • Ato de despedida

    Jornal do Commercio (RJ), em 20/12/2011

    Ao encerrar meu quarto mandato de Presidente da ABL assim me despedi: Sempre estou a lembrar o que escreveu, em St. Gallen, na Suíça, nas lonjuras do século IX, um velho monge irlandês: "busco alcançar mais verdade, trocando a obscuridade pela clara luz".

  • Mais alguns casos de hífen

    O Dia (RJ), em 19/12/2011

    Volta o hífen a preocupar alguns de nossos caros leitores. Um deles deseja saber como deve escrever tipos de chá, como chá amarelo, chá branco, chá vermelho, pois não os encontra registrados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), que só inclui chá-preto e chá-verde hifenados.

  • A ficção do Amaury

    O Globo, em 18/12/2011

    O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro.