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ABL na mídia - Jornal Nacional - Cícero Sandroni morre, aos 90 anos, no Rio de Janeiro

 

Morreu nesta terça-feira (17), no Rio de Janeiro, o jornalista e escritor Cícero Sandroni. Ele era integrante da Academia Brasileira de Letras e tinha 90 anos.

Sexto ocupante da cadeira número 6, a assinatura de Cícero Sandroni ficou impressa sobretudo nas páginas de jornal. Trabalhou em muitos: “Tribuna da Imprensa”, “Correio da Manhã”, “Jornal do Brasil”, “O Globo” - onde ajudou a contar capítulos importantes da história política do Brasil, a partir da década de 1950.

Teve breve participação em gabinetes dos governos Jânio Quadros e João Goulart. Mas, com o golpe de 1964, retornou ao jornalismo, contribuindo como colunista para veículos de grande circulação.

Mas tudo o que circulava naqueles tempos precisava de autorização da censura. Em 1976, ao lado de autores importantes como Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon, Cícero Sandroni coordenou o lançamento de um manifesto contra a censura aos livros — eram centenas de títulos proibidos. Assinado por mais de mil intelectuais, o documento ficou conhecido como Manifesto dos Mil.

“Depois da publicação desse manifesto em jornais de todo o Brasil, posso dizer uma coisa que vocês podem até achar que não aconteceu, mas aconteceu. Nenhum outro livro foi censurado”, disse Cícero Sandroni.

Sandroni foi eleito imortal em 2003 e presidiu a Academia entre 2008 e 2009.

“Vai deixar sempre saudade e vai fazer falta no dia a dia da academia”, afirma Merval Pereira, presidente da ABL.

Entre as obras que deixa, nove livros publicados e cinco filhos ao lado da escritora Laura Constância - com quem estava casado desde 1958.

Matéria na íntegra: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/06/17/cicero-sandroni-morre-aos-90-anos-no-rio-de-janeiro.ghtml

18/06/2025