Autora do celebrado Um Defeito de Cor, Ana Maria Gonçalves que acaba de ser eleita para a Academia Brasileira de Letras — falou com exclusividade à Coluna. “É motivo de celebração, mas também de reflexão, pois isso diz muito sobre as estruturas e os lugares de poder e decisão em um país profundamente marcado pela escravidão”, afirmou. Ela é a 13ª mulher a ingressar na ABL e a primeira negra a ocupar uma cadeira na instituição em seus 127 anos de história. E promete não parar por aí: “Quero trabalhar para que eu não seja a única.”
Antes mesmo de vestir o tradicional fardão, Ana já entra em cena como acadêmica. No próximo dia 22, participa de mesa no Itaú Cultural para o lançamento da edição brasileira de ‘Estudos Africanos de Gênero’, da socióloga nigeriana Oyèrónké Oyewùmí.
A obra, que ganha tradução pela Plataforma Ancestralidades, ação conjunta com a Fundação Tide Setubal, traz reflexões potentes sobre espiritualidade, corporeidade e matriarcado sob olhar africano. Ao lado de Oyewùmí, Ana dividirá o debate com Sueli Carneiro, Tiganá Santana e Bianca Santana. Time de peso.
O evento é aberto ao público com inscrições que podem ser feitas no site do Itaú Cultural a partir de terça-feira, 15/07.
E tem mais: todos os convidados ganharão uma edição do livro publicado pela Editora WMF Martins Fontes.
Itaú Cultural - Avenida Paulista, 149, Bela Vista, São Paulo - SP
Matéria na íntegra: https://www.estadao.com.br/cultura/alice-ferraz/quero-trabalhar-para-que-eu-nao-seja-a-unica-diz-ana-maria-goncalves/
14/07/2025
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