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Artigos

  • O mistério do AF 447

    Há quase duas semanas, a queda do Airbus da Air France resiste à concorrência dos noticiários, que vão da casa de Berlusconi, na Sardenha, à vitória dos conservadores nas eleições do parlamento europeu, ao pronunciamento histórico de Obama no Cairo, onde estendeu a mão ao reconhecimento da contribuição islâmica à história da humanidade, e a suas palavras em Buchenwald, recordando o que jamais deve ser esquecido: o holocausto, em que milhões de judeus morreram nos campos de concentração.

  • O camundongo tenor

    Um gene que cientistas suspeitam que esteja envolvido no desenvolvimento da linguagem humana foi inserido em camundongos na Alemanha. Como resultado, os roedores demonstraram uma série de alterações vocais e de comportamento. Ciência, 1º de junho de 2009

  • A Marcha da vida

    No Sesc/SP realizou-se o Colóquio Internacional Tolerância e Direitos Humanos, uma iniciativa da escritora Anita Novinsky, que criou na USP o bem sucedido Laboratório de Estudos sobre a Intolerância. Falar sobre Diversidade e Paz, nesse contexto, é excelente oportunidade para abordar questões que jamais devem ser esquecidas, como é o caso do Holocausto que vitimou 6 milhões de judeus na II Guerra Mundial.

  • A mosca

    Um pedreiro anônimo teve mais do que os seus 15 minutos de glória. Teve 16. Trabalhando no cemitério junto a uma igreja de São João del Rey (MG), emocionou a nação e comoveu a cúpula do Estado que lá estava para sepultar Tancredo Neves – ato final de um drama que abalou todo o País. Ficou no ar em rede nacional, via satélite, nem por isso se afobou, cumpriu o ofício como se estivesse sozinho, caprichou com sua pá humilde, dando à cerimônia um momento de reflexão: assim passa a glória do mundo.

  • Ainda uma vez o livro

    Este espaço jamais pode ser usado para assuntos pessoais. Aqui não tenho o Senado para atrapalhar-me, e sim o gosto de escrever. E nada melhor do que escrever sobre o livro.

  • Bolsa e novos projetos de vida

    Seria suprema ingenuidade nossa imaginar que um programa do porte do Bolsa Família passaria incólume, sem críticas da sociedade brasileira, sobretudo a mais ilustrada. Entretanto, no conjunto, os seus resultados são formidáveis, considerando o atendimento de quase 12 milhões de famílias nas várias regiões em que se divide o país.

  • Elogio do carro de boi

    Só para dar um exemplo. Quando Napoleão viu que um motor a vapor podia ser melhor, mais rápido e mais seguro do que o vento, que até então impulsionava os navios, esnobou solenemente a tecnologia nascente, chamou o inventor de charlatão e ficou na dele. A Inglaterra logo se tornaria o império que dominaria os mares e destruiria o império napoleônico. Moral da história: não se deve pichar e muito menos recusar os avanços da técnica.

  • No centenário de Isaiah Berlin

    Isaiah Berlin nasceu em 6 de junho de 1909 em Riga, na Letônia, que na época era parte do Império Russo. Faleceu em 7 de novembro de 1997, na Inglaterra, onde viveu desde os 14 anos e onde se formou. Estudou em Oxford e tornou-se, no correr dos tempos, um mestre ícone daquela universidade e um intelectual cercado de respeito e reconhecimento.

  • Quartel de Abrantes

    Não deixa de ser um avanço, por sinal, relevante. O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, fortemente pressionado pelos últimos acontecimentos no Oriente Médio, voltou atrás em sua posição radical e admitiu pela primeira vez a criação de um Estado palestino.

  • Sangue novo na imprensa

    Sou do tempo em que se falava na “imprensa escrita, falada e televisionada” e, para ser sincero, implico com a palavra “mídia”, embora saiba que não adianta. Mas é que essa palavra entrou em meu vocabulário através do inglês, onde ela ainda é como em latim: singular “medium”, plural “media”. Entre nós, ganhou um i acentuado e virou coletivo. Não tenho nenhum argumento realmente defensável contra esse fato, é a velha rabugice mesmo, acho que com a idade ela vai piorando. Mas deve haver algum dispositivo no Estatuto do Idoso que me dê direito a isto, de forma que apenas aviso que, quando escrevo sobre imprensa, penso na escrita, na falada e na televisionada.

  • A moça e o analista

    Tinha 35 anos de idade e oito de análise. Trocara cinco vezes de analista por diferentes razões. Um deles só se alimentava com arroz integral e quis obrigá-la a tanto, outro deu em cima dela, e ela deu em cima de um outro, que não lhe de bola. Não era fiel aos analistas, mas fiel à instituição.

  • Ordem e progresso e mudança já

    Os resultados nacionais do semestre evidenciam como sofremos tão menos que o esperado da crise global, não só pela condição de país continental, voltado para o seu mercado interno, quanto pela clara emergência de um modelo  nosso de desenvolvimento. A maturidade do governo Lula está hoje nesta sustentabilidade ganha na mudança, e na acolhida de suas forças criativas, fora dos princípios de uma ortoxia capitalista. Ou do que o governo tucano via como o dogma de uma privatização crescente e benfazeja da economia. Ao optarmos pela prosperidade com inclusão, acolhemos à premissa política, essencial, de todo esse processo, que é a redistribuição imediata da renda nacional.

  • Crise e gripe

    Chama a atenção a semelhança entre essas duas palavras: têm o mesmo número de letras e das cinco letras, três são iguais e estão colocadas no mesmo lugar. Aquilo que se prestaria para uma especulação de tipo cabalístico é certamente o resultado de uma coincidência. Mas uma coincidência que permite estabelecer uma série de comparações entre duas situações que nos são conhecidas, uma ocorrendo na esfera da economia, outra na esfera da biologia. Isto é possível porque economia resulta, ao fim e ao cabo, de fenômenos biológicos, a começar pela necessidade de sobrevivência: precisamos comer, e esse é o ponto de partida para o processo econômico.