
Verdi: como vencer a censura
O artista virou senha de liberdade. Demonstrou que a censura não atrapalha a inteligência
O artista virou senha de liberdade. Demonstrou que a censura não atrapalha a inteligência
José Sarney tomou a si, afinal, responder a injúria continuada do governo de Chávez contra o Brasil. Não há precedentes da repetição de agressões contra o país concentrada no Senado a ser chamado de lacaio ou serviçal do imperialismo e das concertações de Washington. Não temos precedentes de uma escalada verbal que vai a órgão da soberania nacional exatamente responsável pela última chancela à nossa política externa.
Hércules desincumbiu-se de 12 tarefas. Na presidência da ABL, Marcos Vilaça cumpriu, possivelmente, mais de 1200... Com o precioso auxílio dos outros membros da Diretoria, e o apoio dos demais acadêmicos, Vilaça foi o ,maestro que soube reger com perfeição tanto a música de câmara das sessões internas da Casa, às quintas, quanto os acordes sinfônicos e ininterruptos de eventos que atraíram milhares de pessoas à Academia, através de simpósios, seminários, ciclos de palestras, concertos, exposições, noites de autógrafos, saraus e montagens teatrais.
Um carpinteiro e seus auxiliares viajavam pela província de Qi, em busca de material para construções. Viram uma árvore gigantesca. “Não vamos perder nosso tempo com esta árvore”, disse o mestre carpinteiro. “Para cortá-la, demoraremos muito. Se quisermos fazer um barco, ele afundará, de tão pesado”. O grupo, então, seguiu adiante. Um dos aprendizes comentou: “Que árvore inútil”. “Você está enganado. Ela seguiu seu destino. Se fosse igual às outras, já a teríamos abatido. Mas porque ousou ser diferente, permanecerá viva”, ensinou o sábio mestre-carpinteiro.
Joshe passou anos sozinho meditando numa caverna. Solitário, ele vivia com pouquíssimos recursos, procurando levar a existência mais simples possível. Os donos do terreno em que ficava o local ficaram compadecidos com sua dedicação e por isso enviaram-lhe um recado: iriam visitá-lo e aproveitariam para fazer algumas doações. Ao saber da notícia, Joshe arrumou toda a caverna, preparando-se para a visita. Quando terminou a limpeza e viu como tinha ficado o lugar, desesperou-se e começou a perguntar: “Quero impressionar a Deus ou aos homens? Não quero parecer melhor do que realmente sou.” Em seguida, começou a sujar tudo novamente, jogando inclusive um pouco de terra sobre o altar do deus Zyuk. Pouco depois, Zyuk apareceu para Joshe e disse: “Assim você nunca vai melhorar. Há momentos em que precisamos da mudança. Torne a limpar tudo e não me atire terra, mas as flores do seu coração.”
O turbante de NasrudiNasrudin apareceu na corte com um magnífico turbante, pedindo dinheiro para caridade.
Ela arremessou de novo, desta vez visando a boca, aquela boca que tantas vezes beijara. E mais uma vez errou
RIO DE JANEIRO - Nunca dei palpite sobre a recorrente (e redundante) polêmica a respeito da rivalidade entre Rio e São Paulo. Isso não me impede de estranhar certas matérias e artigos da imprensa paulista considerando as comemorações da chegada da corte de dom João 6º ao Brasil como um pretexto para colocar a azeitona de praxe na empada do carioca.
Menino, a gente se distrai e, quando vê, já é dezembro, fim de ano. Cada ano - e eu sei que os mais velhos notam isso agudamente - passa mais depressa que o anterior, que por sua vez será mais acelerado e por aí nós vamos, uns menos aos trancos e barrancos do que outros, cada um sabendo onde lhe doem os calos e todos procurando em quem botar alguma culpa, como sempre comentou meu querido amigo finado Zé de Honorina. Ele nunca leu Freud, mas não precisava, sabia tudo de nascença.
Atingiu a crônica brasileira, desde Machado de Assis, tal nível de feitura e tal variedade estilística e vocabular que parece impossível aparecer entre nós um cronista novo. Pois apareceu. Chama-se Tácito Naves Sanglard e acaba de publicar um livro chamado "Palavra contida: (outras crônicas, algumas poesias)". Sua crônica tem marca pessoal, em nada se parece com os mestres do gênero entre nós, uma Clarice, um Paulo Mendes Campos, um Rubem, uma Elsie Lessa, um Drummond (que o foi também, e dos melhores).
RIO DE JANEIRO - Sem entrar no mérito de mais um canal de TV oficial, desejo o maior sucesso para a jornalista Tereza Cruvinel, a quem devo admiração e gratidão pelos artigos que publicava em sua respeitável coluna. O desafio que ela vai enfrentar não é mole, mas todos reconhecemos sua fibra e vontade de acertar.
Não é sempre que ela acontece. Depende de uma conjunção rara de fatores climáticos. Aí se instala a chamada “tempestade perfeita”, expressão hoje comum na língua inglesa, com todos os seus efeitos desastrosos. É o que está acontecendo na educação brasileira. Parece que quase tudo dá errado, como se estivéssemos condenados ao atraso.
As reformas institucionais devem ultrapassar o universo das alterações das leis eleitorais e partidárias
RIO DE JANEIRO - Foi divulgada uma lista internacional sobre os países que mais se dedicam ao estudo da matemática. Para variar, o Brasil está pessimamente cotado. Não somos um povo amante dos números. Tirante os bicheiros, que são capazes de inverter um milhar por sete lados, e os técnicos que fazem a contagem de tempo de serviço dos candidatos à aposentadoria, somos frouxos ou vagos quando o problema envolve cifras e prazos.
Na minha infância, a teoria certa e acabada era que vínhamos dos macacos. Com o tempo, eu cresci e fui aprendendo outra teoria: que os macacos eram nossos primos, mas não eram nossos pais. Afinal, o certíssimo é que somos da mesma família. Agora mesmo, com a persistência dos cientistas, estamos a descobrir que esses parentes são melhores do que nós em matemática. Devem ser, também, em outras coisas. Dos japoneses já batem na memorização seqüencial.