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Artigos

  • Sexualidade adulta

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 15/11/2005

    Era o ano de 1968. Mês de outubro, em cuja primeira ou segunda quintas-feiras a Academia Sueca faz a escolha do Prêmio Nobel de Literatura. Como responsável por uma sessão literária em jornal do Rio de Janeiro, quis saber que autores estariam numa lista de escolha. Só uma pessoa de minhas relações poderia dar-me tal informação: Alfred Knopf, editor americano ligado à literatura brasileira e meu amigo.

  • "Abram isso! Abram isso!"

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 15/11/2005

    Deodoro estava com uma crise, dizem que de hemorróidas. Não se trata de doença letal, mas aporrinha pra burro, dá um mau humor desgraçado. No mais, tudo estava bem para os lados dele, era o chefe inconteste do Exército Nacional, amigo de dom Pedro 2º (mas não aproveitador), respeitado pelos companheiros que nele viam realmente um chefe.

  • O carro com paixão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/11/2005

    Garagem na sala. Pode até parecer loucura, mas alguns motoristas cobiçam tanto um veículo que, quando conseguem comprá-lo, colocam-no dentro de casa. Classificados/Veículos, 6 de novembro de 2005 

  • Favas contadas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/11/2005

    É raro o dia em que, ao abrir minha caixa eletrônica, não encontre, ao lado de esculhambações diversas e merecidas, o pedido de gente aflita, recorrendo ao cronista em busca de uma solução para as coisas que estão acontecendo no Brasil e no mundo.

  • Palocci em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/11/2005

    No meio de chuvas e trovoadas, característica da crise política que envolveu o Brasil, vemos que um setor do governo está sendo protegido pela conduta do ministro Palocci e das autoridades que compõe a sua área, como a presidência do Banco Central.

  • A biblioteca do Século XXI

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    O Brasil passou a contar, a partir de setembro de 2005, com a sua mais moderna biblioteca inteligente, de início prevista para dispor de livros de filologia, mas depois se espraiando para outras áreas importantes do conhecimento, como é o caso da história, da literatura e do que chamamos de "brasiliana", livros basicamente destinados a contar e recontar o nosso País.

  • Admirável futebol novo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/11/2005

    Sou craque do passado, como sabem os persistentes e pacientes leitores desta coluna. Hoje em dia nem as posições dos times têm mais nomes fixos e todo dia aparece uma especialidade como, vamos dizer, “ala volante avançado rotativo”, que ninguém sabe o que é. Comecei na ponta direita, mas minha única jogada era dar um chutão para a frente perto da linha lateral e sair correndo atrás da bola (eu corria bem, esse negócio de o capenguinha me pegar no calçadão é porque ele pega qualquer um), para ver se a alcançava e conseguia centrar. Logo me puseram na posição mais ou menos equivalente à de zagueiro hoje em dia. Eu era beque direito no time de Itaparica contra os veranistas, de inesquecível trio defensivo: Nego Tóia, Delegado e Chico Gordo. Delegado era este ex-atleta que lhes fala.

  • Água de barrela

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 13/11/2005

    Dou um doce, dou uma tonelada de doces a quem souber contar direitinho, com algum sentido e sem nenhum preconceito, tudo o que está havendo em matéria de escândalos na vida pública. Poderia parecer um samba do crioulo doido, mas é bem mais do que isso. Na sátira do Ponte Preta, os fatos amontoados eram remotos, misturava Tiradentes, JK e Pedro Álvares Cabral, era um samba realmente doido, mas tinha lá seu método.

  • Efeitos e causas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/11/2005

    Francamente, é duro um profissional da mídia voltar-se contra ela, acusando-a de comer mosca em dois casos que irritam e envergonham a sociedade, esponjando-se num tipo de espetáculo que funciona em telenovelas ou romances de costumes, mas só agrava a realidade da crise que atravessamos.

  • Dinheiro de Cuba e ouro de Moscou

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/11/2005

    O avanço desses meses só mostrou a recorrência dos reflexos obsoletos de abate do presidente nos jogos de instabilidade que se permita ainda um status quo. Recuaram, a seguir, no apelo ao impeachment, mantido como não tão obscuro objeto do desejo permanente e de uma oposição, a experimentar, pela primeira vez, o alijamento do poder. Todo novo apelo a um dito dossiê "arrasador", como o do dinheiro cubano, volta à tona da primeira investida, borzeguins ao leito, da fantasia e da provocação. A meta, sim, é a do corte de toda proposta de reeleição e a troca por um fim de mandato descolorido e inerte de uma Presidência refém de que não se peça agora o seu impedimento.

  • Duas américas

    Folha de São Paulo (SP), em 11/11/2005

    A expressão "duas Américas", do título deste artigo, comporta dois distintos sentidos. Significa, no seu sentido mais amplo, que o mesmo nome "América" abrange duas realidades, não apenas geograficamente diferentes mas, sobretudo, culturalmente diversas. Utilizar uma designação comum para as duas Américas é um artifício verbal que se destina a camuflar a profunda diferença que separa a América do Sul da do Norte, de sorte a facilitar o predomínio desta sobre aquela.

  • Minha comadre Nazareth

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/11/2005

    Em 1961 , eu estava na ONU, na delegação brasileira presidida por Afonso Arinos de Melo Franco e composta por Gilberto Amado, Antonio Houaiss, Araújo Castro, Guerreiro Ramos, Josué de Castro e outros.

  • Jean-Paul Sartre e o colesterol

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/11/2005

    "Depois de Sartre, quem?" foi a manchete de um jornal francês para apresentar os possíveis candidatos a ocupar o lugar do autor de "A Náusea", morto em 1980 e cujo centenário de nascimento está sendo comemorado este ano. A relação apresentada pelo "Le Matin de Paris" incluía todos os intelectuais que ameaçavam conquistar a "pole position" que, de um modo ou outro, pertencera por formação e linhagem à cultura francesa. Foram citados, entre outros, mas sem muita convicção, Bourdieu, Garaudy, Derrida, Lévy-Strauss, Merleau-Ponty, Foucault, Debray etc.

  • Em programa televisivo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/11/2005

    Convidado do vitorioso programa Roda Viva , da Rede Cultura, o presidente Lula respondeu ao que lhe foi perguntado na sede do governo. Todas as questões submetidas ao presidente foram longamente ponderadas, inclusive pela sua repercussão de opinião pública, pois a entrevista transcorreu numa situação anômala, sob intensa crise, que é essa em que se encontra a Nação. O presidente Lula tem suficiente desembaraço para enfrentar foros como o Roda Viva e sair-se bem do encontro como ele se saiu, pois por quanto não se comprometeu. Fez muito bem a direção do programa em convidá-lo, dando-lhe a cena máxima do presente, que é a televisão, em um programa de altíssimo conceito.