Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Que tempos de viver-se

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 22/09/2006

    É difícil cooptar um assunto em meio a tantos que circulam nas manchetes políticas e policiais. Você não vive o dilema de um escritor em busca de personagens, mas a necessidade de convencer um tema a que ele entre em seu artigo. Quase sempre, quando existem muitos, ele resiste.

  • A educação e o futuro

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 20/09/2006

    O Brasil é a 11ª economia do mundo. Com um PIB estimado de quase R$ 2 trilhões, convive lamentavelmente com uma educação das mais frágeis do planeta. Uma incoerência de difícil compreensão, sobretudo se escutarmos os discursos oficiais. É uma prioridade verbal, característica de carismáticos líderes latinos: estamos fartos de ouvir velhos refrãos, segundo os quais "a educação é a solução".

  • Hegemonia e implosão democrática

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 20/09/2006

    As cerimônias do qüinqüênio do horror da queda das torres em Nova York mostraram-nos mais do que a desolação das repartidas, diante do quarteirão arrasado, do ground zero. A demora da reconstrução exprime também as hesitações no como retomar o mundo de antes da catástrofe, buscando uma efetiva "cultura da paz". A crescente exasperação da luta contra o terror só evidencia o quanto estamos no começo de uma nova guerra de 100 anos, a consolidar uma "civilização do medo". Mormente quando o perigo passa a se encontrar numa pasta de dente na mala de mão, e o que começou com a Al Qaeda, hoje, se alastra numa ameaça incontrolável, anônima, e talvez apenas no começo de uma confrontação sem volta, do martírio assumido pela causa islâmica, além do seu mundo original.

  • Uma recolta exemplar

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 19/09/2006

    Recoltas de ensaios sobre os pontos altos da literatura de várias origens estão entre os melhores e mais adequados meios de promover cultura num país. Cito o exemplo de alto nível que me chega às mãos agora, vindo da Academia Cearense de Letras, de Fortaleza. Trata-se de um volume intitulado "Literatura universal", que reúne estudos sobre 27 escritores de vários tempos e idiomas.

  • Ética coletiva

    O Globo (Rio de Janeiro), em 18/09/2006

    O Globo levou toda a riqueza da nossa intelectualidade a manifestar-se sobre questão-chave do presente momento político brasileiro. A que vai a exigência ética, e de como se vence o bordão para reclamá-la? Neste momento de transformação da sociedade brasileira quais seus imperativos prioritários? O impacto crítico do governo que ora disputa a reeleição foi infundir à massa mais desvalida de seus eleitores a idéia de que saímos da inércia social, e de que existe poder político tocado pelo país do outro lado.

  • O livro em cena

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 16/09/2006

    Foi uma idéia das mais felizes - e que se realizou pela terceira vez, em Curitiba - o evento intitulado "Livro em Cena", promovido pelo Colégio Decisivo. Nas magníficas instalações da Estação Embratel Convention Center, na capital paranaense, 1.400 pessoas aplaudiram com muita ênfase as apresentações de membros da Academia Brasileira de Letras, fazendo a análise de escritores de nomeada e que costumam ser citados nos vestibulares. A idéia nasceu com Carlos Heitor Cony.Quem não conhecer particularidades da obra de Ariano Suassuna, por exemplo, está fadado ao insucesso. Desta feita, a análise foi feita do seu clássico O santo e a porca, com o esclarecimento inicial de que o animal referido não é exatamente a fêmea do porco, mas sim um cofrinho de madeira, onde o personagem principal costumava guardar por anos as suas economias, muitas das quais referentes a salários não pagos aos seus funcionários. Coisas bem típicas do simbolismo praticado pelo autor paraibano.Outro desafio foi a lembrança do premiado O pagador de promessas, de Dias Gomes, autor baiano com muito sucesso no Rio de Janeiro - e que morreu precocemente em desastre de automóvel. O ex-marido da campeã Janet Clair adotou uma linha realista como gênero literário. Brilhou na TV, onde o seu "O bem amado" deixou história, com o paradigmático prefeito Odorico Paraguaçu ("vamos deixar de entretantos e partir para os finalmentes"). Na ocasião de discussão em torno dessa obra de grande repercussão, lembramos suas semelhanças com o clássico "O coronel e o lobisomem", de outro renomado acadêmico da nossa literatura: José Cândido de Carvalho. O curioso é que a ambiência deste último é a cidade de Campos dos Goytacazes, enquanto o escritor baiano criou uma cidade fictícia, que pode ter se situado no interior do seu Estado. Pura coincidência? Vamos deixar que corra essa versão mais cômoda.Nélida Piñon falou, a pedido dos diretores Índio do Brasil e Jacir Venturini, a respeito de D.Casmurro, uma das maiores obras de Machado de Assis, e o pequeno mas consistente livro de José de Alencar intitulado Como e porque sou romancista. É um texto que nasceu como folhetim, num jornal do Rio, mas que sintetiza tudo o que deve conhecer um candidato a escritor, com pendores para o romance. Por essa razão, Alencar é considerado o pai do romance brasileiro. Foi muito aplaudida, como sempre, pelo seu poder de síntese e a forma apaixonada como se refere è literatura brasileira, sendo ela uma das nossas autoras mais conhecidas lá fora, detentora de vários prêmios, especialmente no mundo hispânico.O professor Juarez Poletto, mestre querido de Literatura dos alunos do Colégio Decisivo, deu a sua colaboração, arrancando aplausos dos alunos por sua magnífica análise crítica de Leão de Chácara e Muitas Vozes. Depois do almoço foi a vez do acadêmico e jornalista Cícero Sandroni, hoje Secretário Geral da ABL. Discorreu com muita propriedade sobre Memórias de um Sargento de Milícias e Terras do Sem Fim.Como fecho de ouro, Lygia Fagundes Telles. Tem um enorme prestígio no Paraná. Falou sobre Meus Poemas Preferidos e Seminário dos Ratos. Explicou, de forma pessoal, todos os meandros da sua original construção literária. Quando terminou o seu tempo, foi ovacionada. Uma bela e proveitosa ocasião, rara, diga-se de passagem, para a necessária interação aluno-professor.

  • América Latina, democracia e guerra civil

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 15/09/2006

    Os incidentes finais da legitimação da chapa presidencial eleita no México abrem uma nova brecha na validade das instituições latino-americanas. O candidato Lopez Obrador, perdendo a eleição por frações mínimas, pediu e obteve a recontagem de votos, forçando ao extremo as regras do jogo democrático. Não obstante a clara sentença final da Corte Suprema pelo candidato Fernando Calderón, o perdedor, em manifestação inédita, neste último século, em todo o Continente, negou-se em aceitar a voz das urnas referendada pelo martelo do Judiciário.

  • A prudência e o lazer

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 15/09/2006

    Em tempos de eleição duas coisas são impossíveis: lazer e meditação. Quanto ao primeiro, nem pensar. Todos os momentos são tomados e às vezes os organizadores de agenda fixam vários eventos na mesma hora: às oito horas, três cafés em lugares diferentes, para discutir coisas diferentes. E aí entram taxistas com enfermeiros, pequenas empresas com agentes de saúde. A tudo se tem que estar atento. Isto sem perder a paciência e atrasar. Mas políticos não têm horários. Horário foi feito para organizar a vida da gente e dos outros, mas a minha experiência é que o atrasar faz parte de nossa cultura política. Eu fico angustiado. Sou homem de cumprir horário, mas quase sempre recebo a desculpa: "O pessoal não chegou. O senhor chegou na hora…".

  • Poesia como chuva

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 12/09/2006

    Mergulho nos poemas de Amélia Sparano. É mergulho mesmo, com toda a atenção posta em suas imagens, em suas palavras, em seu ritmo e até em seu silêncio. Entre a leitura de um poema e de outro sinto que o movimento de significados se apossa de mim de tal modo que percebo os dois idiomas em que ela escreve - o italiano e o português - como que se unindo e se mesclando de modo natural.

  • Poderes do Estado

    Correio Braziliende (Brasília), em 09/09/2006

    A expressão “poderes do Estado” adquiriu, ao longo da história, sentido dúbio e polissêmico. Além de denominar as instituições que representam a soberania do Estado contemporâneo, abrange o conjunto de prerrogativas e competências concedidas aos titulares que compõem os órgãos da soberania. Delimitadas pelos textos constitucionais, elas configuram a tênue linha que separa a sociedade política da sociedade civil. A mais visível dessas fronteiras é a que distingue as atribuições do Estado das competências estabelecidas para o exercício das atividades econômicas, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada.

  • Uma lei que deu certo

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 08/09/2006

    Muitas queixas se ouvem, muitas observações se fazem e muitas críticas nascem. Alguns políticos e outros assemelhados lamentam que as modificações da lei eleitoral tenham tirado o charme das eleições. Sentem falta dos grandes shows, dos brindes, dos outdoors, e reclamam que o clima de eleição (ou festa) desapareceu. Tudo parece frio e às vezes nem se sabe se existe eleição.

  • Finalmente, um partido conservador

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 08/09/2006

    A candidatura Alckmin perdeu, definitivamente, a velocidade de escape e começa a ser empurrada para debaixo do tapete em várias campanhas estaduais. A melhora esporádica em percentuais compensa-se com a queda, esta, sim, prematura de Heloísa Helena, perdendo os dois dígitos. O desfecho da campanha fortalece o Brasil profundo, de par com a desmoralização objetiva - e inquietante - do poder legislativo e inclusive em parcela significativa do que foi a contaminação da primeira geração petista trazida ao poder, suas benesses, suas tentações, ou seus riscos calculados.Inquieta o quanto o partido de Lula que não logrou renovar o seu plantel de escolhas representativas, mesmo que a crise permitisse a renovação interna dos seus quadros, num exercício de crítica e autocrítica que esperaram as parcelas de seu eleitorado, ainda lindeiras do arranco original de Lula.O novo governo não encontrará o PT como partido dominante e recorrerá dobradamente a realpolitik de constituição de uma maioria operacional. E redobrando as dificuldades dos adesismos, nascidos das clientelas, ou dos pactos pecuniários, deparará a posição estratégica do PMDB na condução deste processo, como que condenado à política de mudança tanto o PSDB soldou-se ao PFL como as legendas do minguante conservadorismo nacional.É nesta mesma medida que a nova investidura de Lula se apoiará na opção de base que cauciona o sentido da reeleição. O presidente não terá mais a mediação imediata de suas maiorias anteriores. No vácuo do PT crescem a presença dos sindicatos - e a tentação do Estado sindical - e dos movimentos sociais, deixados à ilharga no primeiro mandato pela sua passagem à institucionalização - para muitos, prematura - das conquistas das Ongs. Foi o resultado do trato do problema das minorias, à margem das efetivas pressões sociais que lhes outorgassem efetiva prioridade nas realizações do governo.A reeleição defrontará o começo de uma mobilização política que será o resultado natural, ao mesmo tempo, do impacto das políticas do minicrédito, do auxílio à agricultura, e de seu avanço tecnológico, mas, sobretudo, do novo estímulo à produção familiar, onde hoje se registra a maior dinâmica de um salariado brasileiro no seu quadro assumidamente informal. Com efeito, os reforços de suporte, e os prazos de paciência com o novo governo Lula, surgirão da inversão criadora nas políticas de benefício ao Brasil de fora, nas etapas de atendimento aos sem-crédito para sucessivamente responder aos sem-terra, e finalmente aos sem-emprego.Não temos precedentes de como a reação a estas prioridades e o levante das consciências políticas dos beneficiados volverão após a reeleição. Nem, sobretudo, de que forma o novo potencial reivindicatório se exprimirá diante do colapso das mediações anteriormente imaginadas entre movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos. Mas é claro que a nitidez da investidura do segundo mandato nasce sempre dentro daquele sentimento mais profundo da "virada de página", da visão definitiva de que o risco de Lula não se compara com o temor de retorno à situação anterior no que afinal a pretendida social-democracia do PSDB, o pefelismo, à marca tradicional da vida política maquiada pelo reformismo cutâneo, e hoje conformado com a redundância do seu discurso.O debate dos cenários da reeleição começa a partir da solidão de Lula no poder, sem o PT e sem herdeiros, confrontando, como novos fortins do status quo, as governanças dos maiores Estados do país. Ao mesmo tempo, esta busca de novas maiorias importará na convivência com o PMDB, na conversão do partido do Dr. Ulysses, numa força, pelo menos ancilar, da opção de mudança, expulsando-o da condição de partido oligárquico tradicional, repartida com o pefelê.A tarefa é facilitada pela ocupação, desde já, desta parceria do imobilismo pelo PSDB. Este terá que decidir, a prazo curto, se aceita ou não a liderança do conservatismo brasileiro com toda a sua nitidez, e o que seja uma primeira composição ostensiva do remanescente das forças e interesses do porão do status quo. Iremos, enfim, a meridianos claros, frente à escolha de base do Planalto.A pecha de anticlímax, emprestada ao primeiro semestre de 2006 pode continuar na abertura do novo mandato. Mas já liberado da cinza e da desmoralização dos denuncismos moralistas, a reeleição sem retórica colhe os resultados deste novo alinhamento da nossa consciência cidadã, a partir dos neo-aquinhoados com a mudança, e não do efeito mimético das cúpulas do país instalado, suas insatisfações, impaciências e ideologias.Muito da consolidação do novo governo se beneficiará, neste anticlímax de somatório, quase pedestre, de resultados, no seu tempo de maturação, muitas vezes esquecido, frente às agendas da opinião pública e suas condenações. A prática tem vigências sem escape, ao contrário da utopia e suas retumbâncias. E a mudança se mede mais pelo que aposenta do que pelo que anuncia. A oposição está aí mais disciplinada e nítida, como quem conta seus trunfos regressivamente. O caminho à frente sabe por onde ir, por entre nomes e sortes lançadas, de abominação como de desencanto. É o de Lula, apesar de Lula.

  • O livro em cena

    O Estado do Maranhão (São Luís ), em 07/09/2006

    Foi uma idéia das mais felizes - e que se realizou pela terceira vez, em Curitiba - o evento intitulado “Livro em Cena”, promovido pelo Colégio Decisivo. Nas magníficas instalações da Estação Embratel Convention Center, na capital paranaense, 1.400 pessoas aplaudiram com muita ênfase as apresentações de membros da Academia Brasileira de Letras, fazendo a análise de escritores de nomeada e que costumam ser citados nos vestibulares. A idéia nasceu com Carlos Heitor Cony.

  • População excluída

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 05/09/2006

    Dos grandes problemas brasileiros do momento, sou de opinião de que o mais grave e mais urgente é o da marginalização da comunidade negra no País. A festa da abolição foi magnífica. Discursos, passeatas, gritos, vivas, páginas e mais páginas da imprensa exaltando o ato. José do Patrocínio Filho coroado como herói nacional, tudo no melhor estilo brasileiro.

  • Cultura Midiática

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 02/09/2006

    Por iniciativa de Marcos Vilaça, a Academia Brasileira de Letras promoveu um elogiadíssimo debate entre especialistas que se debruçam sobre a Cultura Midiática, ainda sem uma resposta clara se é instrumento de poder ou persuasão.Depois das falas de Domício Proença Filho, Teresa Cruvinel, Merval Pereira, José Nêumanne Pinto e Josias de Souza, a dúvida não foi inteiramente sanada, mas ficou no público de 400 pessoas (Teatro R. Magalhães Jr.) a sensação de que muitos mistérios ainda permanecerão na cabeça dos que trabalham no fascinante campo da comunicação social em nosso País.Vários temas paralelos foram levantados no debate, como a discussão em torno da sobrevivência do jornalismo cultural, na sociedade do conhecimento. Embora lamentando o que viria a comentar, o escritor José Nêumanne, afilhado de Rachel de Queiroz, confessou claramente que "o jornalismo cultural está morto. O seu espaço é cada vez menor, nos grandes jornais, e das revistas então nem se fala." Não acredita em culpados, mas essa é a realidade que deve ser assumida por todos.Estimulou-se, na ocasião, a luta pelo fortalecimento das instituições democráticas, com o uso da palavra e a sua valorização. A revolução digital seria ou não ser culpada pela redução das vendas nas livrarias, mas isso pode ser uma conseqüência episódica do fenômeno. À medida que cresça a necessidade prevista da interatividade, o ideal será a intercomplementaridade de computador e livros, onde é possível sedimentar a cultura do jovem. Ainda não estamos diante dessa sinergia, mas ela é aconselhável, sobretudo nas escolas, onde se processa a relação ensino-aprendizagem.Também o uso indiscriminado da internet foi questionado. Chegou a ser dito que se trata de um "poderoso instrumento de desinformação, tamanho o volume de bobagens que ali se insere." Com um cuidado que não se pode dissociar do bom senso da população: não podemos nos atrelar, assim, ao primado da versão. Pois seria o fim da verdadeira informação, matéria-prima de jornais, revistas e televisões abertas.O bom jornalismo exige que as notícias sejam checadas e, no caso de uma grave acusação, que se dê o direito de resposta ao acusado. Isso é do jogo democrático, até agora ausente da enxurrada de informações irresponsáveis da internet. Trata-se de um uso abusivo, com um grande volume de pornografia e pedofilia, o que parece um movimento crescente e sinceramente lamentável.Há uma redução na circulação de jornais, no mundo inteiro, como se a internet pudesse substituí-los. Ninguém acredita nessa possibilidade, mas numa acomodação natural aos novos tempos. Os jornalistas, hoje generalistas, precisam encontrar matérias atraentes para que esse interesse secular não seja ultrapassado pela informação ligeira e, por vezes, sem fundamento.Veja-se o caso das eleições e as pesquisas de opinião. O público hoje reage de forma diferente até mesmo da eleição passada. Está mais interessado em benefícios do que em discursos programáticos ou até mesmo em denúncias, por mais verdadeiras que sejam. É mudança de atitude que os políticos passaram a perceber e a se valer, nas aparições feitas na televisão aberta. Quem prometer mais tende a levar vantagem. A mídia continua a ter essa força, embora existam versões de que o seu poder não é tão grande quanto se proclama. Uma boa discussão.