A jornalista e escritora Míriam Leitão tomará posse na cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras na próxima sexta-feira, dia 8, às 20h, na sucessão de Cacá Diegues, morto em fevereiro deste ano.
Míriam Leitão é a 12ª mulher a entrar para a ABL. Foi eleita em 30 de abril com 20 votos entre 34 possíveis, superando o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque.
Míriam Leitão tem uma carreira consolidada no jornalismo, e também se destaca como escritora, com obras em diversos gêneros, incluindo ficção, crônica, romance e literatura infantil.
O discurso de recepção à nova Acadêmica será feito pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin. O colar será entregue pela Acadêmica Ana Maria Machado e o diploma pelo Acadêmico Ruy Castro. A comissão de entrada será formada pelas Acadêmicas Rosiska Darcy de Oliveira, Fernanda Montenegro e Lilia Moritz Schwarcz; a comissão de saída, pelos Acadêmicos Carlos Nejar, Antonio Torres e Ailton Krenak.
O evento, exclusivo para convidados, será transmitido ao vivo pelo site e pelo canal de Youtube da ABL pelo link.
Miriam Leitão nasceu em Caratinga, MG, em 7 de abril de 1953. É a sexta de 12 filhos do casal Uriel e Mariana, ele educador e pastor presbiteriano, ela, educadora. Começou sua vida profissional no Espírito Santo, indo depois para Brasília, São Paulo, até se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro, em 1986. É escritora com 16 livros publicados de diversos gêneros literários, não ficção, crônicas, romance, livros infantis. É jornalista de jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Em 53 anos de vida profissional trabalhou em vários veículos de imprensa, entre eles Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. Desde 1991 está no grupo Globo, é colunista do jornal O Globo, comentarista do Bom Dia Brasil, Globonews, CBN e ancora o programa de entrevistas Miriam Leitão Globonews.
Em dezembro de 1972, aos 19 anos, grávida, foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional por se opor à ditadura militar.
É casada com o escritor e cientista político Sérgio Abranches. Tem dois filhos, Vladimir Netto e Matheus Leitão, o enteado Rodrigo Abranches. Tem quatro netos Mariana, Daniel, Manuela e Isabel.
Bibliografia e Premiações
Bibliografia
1. Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011
2. Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. (Record), 2012
3. Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014
4. História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015
5. A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017
6. Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018
7. Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022
8. Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024
Obra Infantil
1. A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; Semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco)
2. A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco)
3. Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco)
4. O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 ( Rocco)
5. O mistério do pau oco, 2018, (Rocco)
6. As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco)
7. O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco)
8. Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco)
Alguns Prêmios recebidos na atividade jornalística
•Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004 •Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005
•Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012
*Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá - 2013
•Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017 •Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019
06/08/2025