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Artigos

  • O Brasil e o Japão

    A imigração japonesa no Brasil, cujo centenário estamos comemorando este ano, teve resultados positivos, muito além do que podiam ter imaginado aqueles que dela participaram em 1908. Alguns decênios antes a vinda maciça dos italianos, que tiveram o apoio direto de D. Pedro II, estimulara a indústria de São Paulo e influíra positivamente na economia dos Estados do Sul do país como também em Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro (em minha cidade natal de Ubá, MG, desde antes dos anos 20 do século passado tinha casas de comércio com nomes italianos).

  • Planos de segurança

    RIO DE JANEIRO - Começou aos poucos, como as tempestades e as gripes. Cariocas preocupados com a violência, sobretudo nos bairros da classe média, se cotizavam e contratavam equipes de segurança para guardarem determinadas ruas ou quarteirões. Antes da classe média se prevenir, a classe mais alta já dispunha de seguranças particulares que levavam as crianças ao colégio e as madamas aos compromissos sociais.

  • Ponto crítico

    Desta vez não são os EUA os causadores da grande crise global da economia, mas é a própria economia global que entrou em crise. Evidentemente, as economias mais fortes, como a norte-americana, influenciam a economia dos demais países e pressionam até o ponto em que todos os países contribuem para o desequilíbrio geral.

  • Fichas sujas

    Continua a discussão, tanto na Justiça Eleitoral, como em amplos setores da sociedade, sobre o impedimento de candidatos que tenham algum tipo de processo criminal, ainda que em fase não definitiva.

  • Athayde, um admirável cronista

    Neste livro "Austregésylo de Athayde", estão reunidas 117 das melhores crônicas que o autor escreveu ao longo de 60 anos, primeiro como jornalista e diretor do "Diário da Noite", e, depois, como cronista em "O Cruzeiro" e no "Jornal do Commercio"; também como membro e, mais tarde, como presidente da ABL.

  • Lei Seca

    Essa Lei Seca , que pegou os motoristas paulistanos de surpresa, vai ficar na história como representativa da resistência das leis úteis, que evitam os desastres que ferem e tiram a vida de muitos inocentes. São Paulo é uma das maiores fontes de desastres no trânsito; muitos motoristas voltam de madrugada para casa alcoolizados. Não há dúvida que os jovens devem sair para a diversão, mas devem ter muito cuidado e prudência no trânsito, pois o trânsito está cada vez mais perigoso e agindo imprudentemente eles concorrerão para destruir e perder vidas.

  • Olha ele aí

    QUANDO CHEGUEI ao Palácio do Planalto, o famoso Dragão da Inflação estava no gabinete presidencial, refestelado na larga cadeira de couro vermelho, com "olhos de tigre e corpo de serpente". Minha obrigação primeira era matá-lo. Mas é um bicho que, na mitologia oriental, faz parte de um dos quatro monstros sagrados que Deus convidou para criar o mundo. Não morre. Houve um tempo em que me enchi de esperança e, com a espada do Cruzado, investi contra sua couraça e, quando eu cantava vitória, ele voltou e quase me engole.

  • Grandes esperanças

    Coincidiu com a nossa visita a Israel o pronunciamento feito pelo presidente Shimon Peres a um grupo de jovens, a respeito do futuro de Israel. Foi altamente revelador. Ao propor que os jovens sigam o seu próprio caminho, sugeriu que não deve existir preocupação só com o passado, mas com o mundo que está vindo: "A era da pedra passou, agora é a vez da ciência e da tecnologia. Devemos acompanhar os grandes ideais da sociedade moderna. Por isso, é essencial que vocês se dediquem cada dia mais ao conhecimento."

  • A libertação de Ingrid

    Seja por fraqueza das Farc , seja por negligência de seus aparatos de defesa, seja pela habilidade da equipe de socorro, seja por isso ou seja por aquilo; o certo é que Ingrid Betancourt se livrou de seis anos de cativeiro nas mãos das Farc , organização de terror da Colômbia, que age com a conhecida perversidade de suas irmãs do Velho Mundo.

  • Universidade e capital estrangeiro

    A educação superior no Brasil mobiliza-se, agora, para uma nova dimensão estratégica de seu desenvolvimento: a inversão maciça de capital estrangeiro a começar por grandes complexos de ensino de São Paulo. A perspectiva é inédita dentro da própria maturação do nosso processo de mudança. É tardia também na medida em que a atividade educacional constitui, hoje, o quinto maior empreendimento no país.

  • Piada machista

    RIO DE JANEIRO - Fama que acompanha a mulher é a de que ela não sabe guardar segredo. Quando Jesus ressuscitou, ele primeiramente apareceu a mulheres, sabendo que elas logo espalhariam a novidade. Seria machismo do Filho de Deus? Uma das suspeitas que pairavam sobre a conduta do Nazareno era a presença de mulheres em suas andanças. Uma delas chegava a provocar ciúmes entre os apóstolos mais chegados.

  • Não é nada disso que vocês estão pensando

    Outro dia, faz pouco, eu estava lendo um artigo do Jabor em que ele disse uma coisa para a qual eu já vinha procurando um jeito de dizer fazia muito, e não achava. Ele disse mais ou menos que vivia tendo de explicar a certos caras que não veio ao mundo com a missão de desancar Lula e que podia até elogiar, como elogiou (grandes coisas, eu também elogiei muito, no longínquo tempo em que Lula falava e eu acreditava). Pronto, pego o gancho e furto a comunicação. Faço minhas as palavras do nobre colega: eu tampouco nasci com a missão de falar mal de Lula e do governo. Falo porque às vezes é a única coisa sobre a qual falar (e só posso falar do meu ponto de vista) e porque às vezes acho que é minha obrigação de cidadão que, pelos acasos da vida, assina uma coluna em jornal grande. Posso até estar iludido pelas manifestações que recebo de leitores, mas muita gente me diz que escrevi exatamente o que ela gostaria de dizer e não achava como.

  • Migalha de poder

    No Rio, costumo dar uma caminhada matinal pelos jardins do Palácio do Catete, um lugar belíssimo e histórico - no Palácio moraram vários presidentes, inclusive Getúlio Vargas. Os jardins são cercados por uma alta grade. Só se pode entrar por um dos dois portões, e foi o que eu fiz, há alguns dias. O guarda que estava lá não me deixou passar: só depois das 8h, ele disse. Olhei o relógio: passavam cinco minutos das 8h, e foi o que eu disse a ele. Nesse momento, apareceu um homem que também queria entrar e que disse a mesma coisa: estava na hora. Mas o guarda não cederia tão facilmente. Disse que precisaria avisar seu superior. Ao que o homem que estava a meu lado reclamou: mas, afinal, o que regulava a entrada era o horário ou o tal superior? Não houve jeito. Só entramos depois que o guardião do paraíso falou com o superior (Deus?).