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Artigos

  • Uma nova literatura

    Dentro ou fora de festivais literários, o Rio de Janeiro sempre recebe atrações da cena internacional, pela sua indiscutível capacidade de imantar mitos. Foi assim na década de 20, quando trouxe para o nosso convívio Albert Einstein, já famoso, e mais recentemente quando foi a vez de Mário Vargas Llosa, um dos maiores escritores contemporâneos.

  • Guerra santa e subversão democrática

    O número 2 da Al-Qaeda, al-Zawahiri, acaba de atacar o líder do Hamas por pedir um referendum sobre a posição dos palestinos quanto a estabilização da Faixa de Gaza e eventualmente a um acordo final com Israel. El Mouwal quer de fato uma virada de página, e sobretudo, de geração quanto á uma promessa de paz que há meio século desapareceu do Oriente Médio. E, significativamente, a proposta da maior liderança palestina vem acompanhada do apoio do Presidente Carter num empenho determinado, de superar a síndrome devastadora do 11 de setembro.

  • Itaipu: solução ou problema

    TORCI PELA vitória do ex-bispo Lugo. A alternância de poder é um aprofundamento da democracia. Seus exageros de campanha são arroubos de luta. O governo lida com realidades, na famosa concepção de Bismarck. Lugo está certo quando cobra de Itaipu maior transparência e resultados para o seu país, mas está errado em atribuir a falta deles ao Brasil, quando são uma posição política do Paraguai, cujo governo até hoje mantém um inaceitável segredo para o seu povo de quanto e como é empregado o que recebe e como funciona a binacional de Itaipu.

  • A torre de Babel

    RIO DE JANEIRO - O grande público ignora, mas está em discussão -aliás, continua em discussão- o acordo ortográfico entre Brasil, Portugal e demais países que falam e escrevem o português, designados eruditamente como "lusófonos". Uma velha questão que motivou diversos acordos -e nenhum deles foi realmente respeitado.

  • A inflação e os BCs

    O Banco Central tem se preocupado excessivamente com a inflação, mas não consegue debelá-la. Daí nos permitir a seguinte reflexão: os economistas estão no poder há muitos e muitos anos e são eles os responsáveis pela inflação ou por seu combate. Tenho o maior respeito pela classe dos economistas, admirador que sou de numerosos expoentes desta classe, e não tenho porque me vexar dessa admiração, mas é preciso justificar que toda a influência dos economistas na economia brasileira não chegou a eliminar a inflação que domina as discussões da cúpula dos bancos centrais, como assinalou um grande jornal paulistano.

  • Gauchidade e alpargatas

    Guri nascido e criado no bairro do Bom Fim eu não podia me considerar um gaúcho da gema, daqueles da Fronteira. Eu tinha bombachas, claro (que a gente, por alguma razão, só usava em Capão da Canoa), e algumas vezes andei a cavalo com resultados tão deprimentes que os eqüinos corriam a se jogar no divã do analista mais próximo. Quando O Centauro no Jardim foi publicado nos Estados Unidos, a editora America resolveu preparar material de divulgação e chamou um fotógrafo (não, infelizmente não era o Beto Scliar) para fazer algumas fotos. Ouvindo falar em "centauro" o rapaz teve uma idéia: fotografar-me no Central Park cavalgando. O que eu recusei, claro. Poderia contar com a compaixão, ainda que constrangida, dos cavalos do Rio Grande, mas um eqüino americano certamente me atiraria da sela. Ainda estava rindo da idéia quando o cara me fotografou - e a foto saiu ótima. O clássico caso de escrever direito por linhas tortas.

  • Ficção como denúncia

    O Quixote brasileiro: foi assim que Oliveira Lima, em 1916, classificou Lima Barreto. Por que o teria feito? Veria uma ligação maior entre o herói de Cervantes e o inventor de Policarpo Quaresma? Achava Oliveira Lima que os personagens de Lima Barreto representavam com perfeição o homem brasileiro. Como Quixote representava o povo espanhol.

  • Cascas de banana

    RIO DE JANEIRO - A vida é complicada mesmo. Ninguém precisa seguir o lema do finado Chacrinha, a quem se atribui a frase "eu não vim para explicar, vim para complicar", ou "confundir", o que dá na mesma. A vida se confunde e complica por si mesma, sem necessidade de apelos e palavras de ordem.

  • A confusão é geral

    Há frases de Machado de Assis que ficaram para sempre na memória dos bons leitores brasileiros. Uma delas é “ao vencedor, as batatas”. A outra, “a confusão é geral”. Parece que, no Governo, há uma acentuada preferência por esta última.

  • Encontros sociais

    RIO DE JANEIRO - "Diante de dois imbecis desconhecidos, eu me torno mais imbecil do que eles." Li essa frase num velho almanaque no tempo em que havia almanaques, que funcionavam mais ou menos como o Google de hoje. Eles ensinavam o melhor modo de tirar manchas dos brocados, do melhor mês para plantar mandioca e lembravam que Agripina morreu no ano 59 da era cristã.

  • Rivalidades

    RIO DE JANEIRO - Não é somente no amor, na política e nos esportes que predominam as rivalidades. Nos setores profissionais, entre médicos, arquitetos, artistas, advogados, especialistas disso ou daquilo, a concorrência muitas vezes é na base do vale-tudo. E os escritores não fazem exceção à regra. Pelo contrário, há rivalidades históricas.

  • A queda de Paulinho

    Não ia eu dedicar um comentário total ao Paulinho da Força , acusado de ter desviado dinheiro do BNDES. Não sei de quanto foi o desvio e para que se desviou tanto dinheiro pertencente ao Erário, no qual não se deveria tocar, muito menos um antigo membro da Força Sindical.