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Artigos

  • Avião, tráfego e garoa

    TIVE UM COMPROMISSO de almoço com meu editor em São Paulo para tratar do lançamento de meu próximo livro. Depois, à noite, eu teria que comparecer à formatura das primeiras turmas de administração e direito da Universidade Zumbi dos Palmares, obra do professor José Vicente, a quem a comunidade negra deve um extraordinário serviço.

  • Costumes políticos

    Escrevemos nesta coluna, faz alguns dias, comentários sobre a política americana, segundo os quais Hillary Clinton se aproximava do candidato Barack Obama. Deveria ela tirar tudo o que fosse pessoal contra o seu adversário e torná-lo público para garantir votação superior à do candidato. Esse é um costume da política americana, e devem os americanos se subordinar aos costumes já consagrados pelo uso continuado e as acusações pessoais que fazem parte desse conjunto, para o qual não há limite na gramática eleitoral dos Estados Unidos.

  • Homens, mulheres e suas depressões

    É um dado já antigo, constantemente repetido nos trabalhos sobre o tema: mulheres têm duas vezes mais chances de ficar deprimidas do que os homens. Cerca de 22% das mulheres e 12% dos homens terão, em suas vidas, um surto de depressão. A diferença entre os sexos aparece mais ou menos por volta dos 13 anos. Na infância, a depressão ocorre com freqüência semelhante em meninas e meninos (talvez um pouco mais freqüente nestes). Por outro lado, nas mulheres, a depressão ocorre mais durante os anos férteis.

  • As causas da dengue

    Aprendendo a viver mais perigosamente a cada dia, os residentes da cidade do Rio de Janeiro agora estudam com afinco táticas para evitar o contágio da dengue, não sem certa razão, porque o governo, o que lá seja isso aqui, por enquanto ainda não mostrou sua estonteante eficiência e ainda não promoveu uma reunião com os dirigentes do tráfico, cuja concordância, como se sabe, é necessária para tudo o que se faz na cidade. Na verdade, foi até comovente o ritmo impresso à criação de uma frente de emergência para o combate à doença. Criou-se a entidade numa semana e esperou-se o feriadão após a seguinte para estabelecê-la - emergência da braba mesmo. Vinte vezes a mortandade considerada inevitável pela Organização Mundial de Saúde, mas nós somos mesmo um país nascido para os recordes.

  • Filhos, melhor não tê-los?

    Administradores modernos bolariam um cálculo de custo-benefício para responder se vale ou não a pena ter filhos. Mas é algo que só pode ser respondido com a maternidade e a paternidade. Ou seja: correndo o risco

  • A moça triste

    RIO DE JANEIRO - Encontrei-a por acaso. Era alta, mais para bonita, com dois olhos imensos e negros, a pele muito branca e suave. Com esforço de memória e imaginação, poderia parecer uma estátua grega, mas para isso seria necessário cegá-la, estátuas gregas têm olhos vazados.

  • O novo Quincas

    Tenho para mim que três narrativas mais ou menos curtas serão, para a ficção do futuro, consideradas típicas do clímax de qualidade que a narrativa literária atingiu no mundo, no período que veio de Tolstoy até os dias de hoje. São "A morte de Ivan Ilitch", do próprio Tolstoy, "O velho e o mar", de Ernest Hemingway, e "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua", de Jorge Amado.

  • O profeta das cores em Manaus

    Fazia uns três anos que não viajava a Manaus. Fui lá recentemente para conferir impressões. Foi muito bom. A cidade está com um vigor de chamar a atenção. Claro que as questões do ordenamento urbano seguem o rumo tradicional do atabalhoamento. A cidade, cortada pelos igarapés e acossada pela mata, esbraveja e se contorce. Mas cresce, cresce muito.

  • A sucessão presidencial

    Está correndo com toda a velocidade, embora ainda não tenhamos os candidatos à sucessão presidencial. Luiz Inácio Lula da Silva não vai concorrer, segundo ele mesmo afirmou. Fica aberta, portanto, a corrida presidencial aos familiares de Lula que poderão disputar a indicação e o apoio do chefe supremo, esse mesmo galhardo político que não quer a presidência, segundo disse para os que crêem nele.

  • Vênus virtual

    RIO DE JANEIRO - Cheguei ao hotel em Florença. Constrangido, o dono me avisou que houvera problema com a linha telefônica. Se eu precisasse acessar a internet ele me arranjaria outro hotel.

  • O caos no trânsito

    O nosso Diário do Comércio de 31/03 dedicou matéria de capa com o título: Caos do trânsito custa R$ 27 bi por ano . São R$ 27 bilhões que saem do orçamento do Estado para socorrer o caos do trânsito que por enquanto não tem solução, como demonstramos há poucos dias num artigo dedicado aos problemas urbanos.

  • A chapa do povo de Lula

    Os rostos da convenção para aprovar o nome petista à nossa Prefeitura exibiam um choque inesperado do novo, a realinhar o partido no Rio de Janeiro. Molon brotou numa aposta radical contra as espertezas políticas ou os jogos cansados de maiorias em bem desse despertar do “povo de Lula”. Não se trata apenas do aproveitamento do embalo da popularidade do Presidente que não deixa dúvidas quanto ao sucesso de um nome que indicar à sua sucessão.

  • O rosto na multidão

    RIO DE JANEIRO - Tudo bem, cada um se diverte e se glorifica como quer. A mania agora é fuçar fotos do passado, sobretudo as das passeatas de 1968, documentadas à farta pelos bons profissionais do ramo. Apesar de farta, a oferta foi menor do que a procura, não deu para todo mundo deixar registro na história nacional. Mesmo assim, descontando os que morreram por isso ou por aquilo, é difícil encontrar um cidadão maior de 40 anos que não tenha dado sua contribuição heróica à luta contra a ditadura.