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Artigos

  • O mundo de ontem

    Stefan Zweig, um grande escritor austríaco que teve muito prestígio na primeira metade do século passado e morreu tragicamente com sua mulher em Petrópolis, onde se refugiara durante a Segunda Guerra, cunhou a frase-título do seu livro Brasil, um País do Futuro, que deu lugar a um ufanismo igual ao verde-amarelismo de Oswald de Andrade, carro-chefe da Semana de Arte Moderna de 22.

  • Sempre as mulheres

    BUSH , sem outra justificativa para o atoleiro em que se meteu no Iraque e no Afeganistão, levantou a tese de que era em nome da democracia que ele fazia a guerra. A tese das armas de destruição em massa não pegou.

  • O pós e pré-sal

    O tema do momento continua sendo o pré-sal e o novo marco regulatório enviado ao Congresso. Em síntese, esse marco é complexo, porque envolve várias leis e várias situações.

  • O vesgo de ler contra

    Tomei-me de uma grande perplexidade e ao mesmo tempo surpresa ao verificar a defasagem existente no País sobre as ideias políticas que se discutem no mundo inteiro sobre os caminhos e o futuro da democracia.

  • A bela e a fera

    O BRASIL está tendo, e vai ter cada vez mais, uma visibilidade mundial num terreno em que nós sempre, a não ser no futebol profissional, fomos fracos: a realização de eventos esportivos.

  • Lévi-Strauss

    Lévi-Strauss foi para o mundo cultural aquilo que representou Freud para a psicanálise, Einstein para a física, Marx para as ideias políticas e ele para a antropologia. Era o maior intelectual vivo do mundo, o grande pensador cuja contribuição para a humanidade derramou-se para todos os campos do conhecimento humano, especialmente para as ciências sociais, e o escritor insuperável.

  • A pandemia da corrupção

    RIO - Na história da humanidade e da civilização jamais foi encontrado antídoto algum contra a corrupção. Já o Código de Hamurabi, que data de 1700 AC, durante muito tempo considerado o primeiro Código Legal da humanidade, fala em punição de governantes corruptos. Cícero e Catão construíram suas histórias políticas martelando contra ela, e em todos os parlamentos existem grupos ou pessoas que fazem sua carreira defendendo a pureza das instituições a que pertencem ou atacando a dignidade de seus colegas.

  • Perdição ou salvação

    O fim de 2009 foi marcado pela tragédia dos deslizamentos e pela lembrança inusitada das agulhas introduzidas no corpo de crianças, numa prática religiosa que remonta aos festins de magia negra que o Diabo fazia no princípio do mundo. A Bíblia está cheia desses episódios. O mais célebre deles é o da vara de porcos endemoniados que foram jogados no precipício, com sua carne impura para judeus e árabes.

  • O scanner corporal

    A União Europeia já decidiu, e alguns aeroportos, como o de Amsterdã, já instalaram os seus scanners antiterror, que, no frigir dos ovos, são o big brother mais potente que se podia imaginar, pois podem tirar a roupa de todo mundo, num mundo que já não tem muita roupa. Tudo surgiu quando um terrorista nigeriano burlou todas as formas de vigilância e quase explodiu um avião da Northwest Airlines que voava para Detroit na noite de Natal. A solução foi obrigar todos os passageiros no futuro a passar por scanners, que, se têm a vantagem de evitar essa apalpação a que nos submetem os vigilantes aeroportuários, nos despem logo.A grande discussão que hoje preocupa a liberdade individual é como manter os direitos de privacidade num mundo em que a tecnologia tudo invade e torna esses direitos inexistentes, acabando com os direitos humanos.

  • Os odores do Haiti

    O Haiti é um país sofrido. Nem por isso sua história é menos heroica e exemplo de momentos de glória. Alguns que podem ser inseridos na grande lista da construção da liberdade no mundo. Foi o Haiti o primeiro país em que os pretos se rebelaram contra a escravidão, com Louverture e Dessalines, e eles próprios decretaram seu direito de viver livremente ao fundar, em 1804, a primeira República negra do mundo. Isso custou-lhe uma dívida de sofrimento que atravessou séculos e até hoje é tida como a grande pedra na construção de sua pobreza. A revanche dos países coloniais foi brutal.

  • A Nina e MJ

    O repórter Pablo Ordaz cobriu os primeiros dias da tragedia do Haiti e como poucos nos revelou em profundidade o aspecto humano que perpassa o mundo invisivel de uma catastrofe dessa magnitude. Sao desgracas individuais que sao simbolo e exemplo do que acontece no olho desse furacao sem vento que atingiu o mais pobre entre os mais pobres, o sofrido povo do Haiti.

  • Outros carnavais

    “Eu, que estou em pleno vigor da juventude -e todos os dias os jornais, ao citarem o meu nome, revelam aos leitores esta minha fraqueza-, fico todo irritado quando ouço essa história de “bom era no meu tempo”, “ah! que saudades do meu tempo” e outros lamentos saudosistas. Bom mesmo é o tempo de hoje.

  • Europa, medo e frustração

    A Europa foi sempre uma fascinação e raiz para todo o Brasil, principalmente nos séculos 19 e 20. A Cidade Luz, a fonte de todas as melhores manifestações culturais, nomes eternos na literatura e na arte. Do lado econômico não tomávamos conhecimento. Era quase uma relação humana e não uma convivência de dois países.

  • Navegar sem mouse

    Volto do exterior. Encontro a Folha de S.Paulo de roupa e alma novas. Obriga a habituar os olhos e a ver o futuro no e do jornal. É uma desafiadora ousadia. Nunca vacilei no meu dogma de que tudo acabará, menos o jornal e o livro, um e outro como instrumento de fugir da solidão, de conviver com pessoas e fatos.

  • Açúcar no pré-sal

    A alma brasileira nos últimos tempos tomou-se de justificado peito cheio depois da descoberta do pré-sal. De repente acordamos com a decisão do Criador de ficarmos bilionários, o Brasil de riso aberto e cara diferente daquele 'ame-o ou deixe-o'. Barriga cheia de petróleo e olhos de Opep.