Um susto
A primeira manhã deste novo ano não foi das melhores para mim. É que minha gata, chamada Gatinha, sumiu.
A primeira manhã deste novo ano não foi das melhores para mim. É que minha gata, chamada Gatinha, sumiu.
Embora não tenha compromisso com a ciência e a história, o Gênesis, primeiro livro da Bíblia aceita por várias religiões, é o relato literário mais articulado da criação do mundo, acima e afora das teses acadêmicas.
“Estamos na UTI sangrando. E temos uma poupança, as reservas cambiais, que pode estancar o sangramento. Não vamos utilizar esse remédio?”. Com esse raciocínio, que parece óbvio mas é apenas simplista, o governador petista do Piauí Wellington Dias dá um reforço político à ideia defendida por Lula, e encampada pelo PT em documento oficial, de o governo Dilma usar parte das reservas cambiais do país para estimular o crescimento econômico.
A“Pátria Educadora” apregoada nos slogans continua nos dando lições. E não apenas com oportunos lembretes sobre a herança greco-romana, neste momento em que historiadores protestam contra a alarmante notícia de que a nova Base Nacional Comum Curricular pretende abolir de vez o estudo da antiguidade ocidental, da Idade Média, do Renascimento e do Iluminismo, além de promover uma degola geral em outros temas.
O estupor com que as declarações de ontem da presidente Dilma foram recebidas pelos movimentos de esquerda e pelos blogueiros chapa-branca não tem preço.
Não lemos precedente, desde a volta ao estado de direito, da soma de crises a confrontar, hoje, todos os poderes da República, nem de um começo de ano em que o recesso institucional leve tão longe a tensão da espera.
Foi-se o tempo em que Lula dava uma ordem e todos no PT o seguiam religiosamente. Bastou que recomendasse que o governo se apresse para retomar o crescimento econômico para que o ministro-chefe do Gabinete Civil Jaques Wagner declarasse que o governo “não tem coelho na cartola”, e que a recuperação da economia será gradual.
Quando a vitória esmagadora da oposição foi oficializada na Venezuela, e o governo Maduro reagiu surpreendentemente bem, admitindo a derrota, não faltaram bolivarianos de todos os quilates se regozijando nas redes sociais, numa tentativa de obter algum resultado positivo da derrota acachapante que prenuncia o fim do regime chavista.
Trata-se de uma festa patrocinada pela esperança, pelo diálogo solidário e por um desenho de futuro. Matérias que andam em falta em nossos dias.
É mais fácil prever o futuro do que entender o passado. Evidentemente, em visão panorâmica. Em detalhes, o futuro será sempre enigmático, daí o lugar comum formado e firmado pelo veredicto dos séculos: o futuro a Deus pertence.
Mais uma vez a oposição está escolhendo o pior caminho na disputa sobre o rito do processo de impeachment, unindo-se ao (ainda) presidente da Câmara, Eduardo Cunha, nos embargos de declaração que serão impetrados para tentar mudar a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Arthur Xexéo, meu parceiro num programa da CBN, faz uma espécie de retrospectiva sobre o passado, bolou a "Mala do Ano", em que destaca as principais gafes, besteiras e chatices de personagens que em 2015 encheram o saco do respeitável público, tornando-se eméritas malas sem alça que fomos obrigados a carregar.
Em meados do ano que acabou, os meios de comunicação divulgaram a chegada ao planeta Plutão de um foguete espacial da Nasa, que fotografou esse planeta que, no sistema solar, é o mais distante da Terra.
A cena humana se empobrece com a perda de Maria do Carmo Vilaça. Confesso minha profunda tristeza por não poder contar mais com sua generosidade, seu encanto, a elegância que nos ofertava nos gestos mais simples.
O Brasil é muito maior do que a Praça dos Três Poderes, palco dos podres poderes e seus canastrões ridículos