
A terceira guerra
[2]Neste início de setembro, o mundo e a mídia lembraram com dor o começo da Segunda Guerra Mundial e o possível começo da terceira, representado pelo oitavo ano pós-atentado que derrubou as duas torres do World Trade Center.
Neste início de setembro, o mundo e a mídia lembraram com dor o começo da Segunda Guerra Mundial e o possível começo da terceira, representado pelo oitavo ano pós-atentado que derrubou as duas torres do World Trade Center.
Nos 18 anos em que Jaycee Lee Dugard alegadamente passou em cativeiro na casa de Phillip Garrido, ela com certeza teve várias chances de contar a alguém a verdade. Clientes da gráfica mantida por Garrido em casa dizem que uma jovem mulher a quem eles conheciam como a filha dele, "Allissa", desenhava cartões de visita e ajudava a família com os negócios; nunca suspeitaram que "Allissa" era uma garota sequestrada em 1991, aos 11 anos, em South Lake Tahoe.Vizinhos também não tinham ideia de que as duas filhas mais novas de Garrido, meninas de 11 anos e 15 anos, eram filhas de Jaycee. A pergunta se impõe: por que Jaycee Lee Dugard não escapou, por que não pediu socorro a alguém? Folha Online
Amigo meu passou as férias num lugar paradisíaco, mas remoto, um lugar onde não havia livros, nem jornais, nem revistas. Na volta, queixou-se: “No fim, eu já estava até lendo bula de remédio”.
Nos Estados Unidos, a situação é conhecida como “By-the-way syndrome”, a síndrome do “a propósito”. O roteiro é típico: a pessoa vem consultar, em geral por um pequeno problema, responde às perguntas do médico, recebe a orientação e depois – em geral quando já está a caminho da porta – pigarreia e diz algo como “A propósito, doutor...”. E aí vai revelar a verdadeira causa de suas preocupações, o verdadeiro motivo de sua consulta. Que é, frequentemente, de natureza sexual.
O que eles não dizem é que também fui vítima de abandono afetivo. Sua mãe só queria cuidar de você.
– Já estava achando que você não vinha mais, fiquei preocupado – disse eu, olhando para o relógio. – Se eu tivesse celular, teria telefonado para sua casa.
Finca a barraca colorida na areia. Nem o sol aberto nem o azul do céu atenuam o mau humor. Desejava ficar na cama, gastar a manhã dominical no sem-fazer-nada. Mas o jato passara perto da janela e o trovão acordara as meninas:
Alguns excelentes escribas em atividade, Ruy Castro, Arthur Xexéo, Joaquim Ferreira dos Santos e outros, já entrados em alguns anos de crônica e de mundo, volta e meia escrevem comoventes rapsódias aos tempos idos, sobretudo aos anos 30, 50 e 60 -datas que ficaram marcadas em suas mentes, corações e carnes. Evocam uma idade de ouro, em que as escolas podiam não ser risonhas e francas, mas o mundo em geral, e em particular o cinema, eram não o paraíso perdido, mas a Babilônia reencontrada de Scott Fitzgerald, aberta aos sonhos e cobiças dos grandes Gatbsy que éramos todos.
Tomei-me de uma grande perplexidade e ao mesmo tempo surpresa ao verificar a defasagem existente no País sobre as ideias políticas que se discutem no mundo inteiro sobre os caminhos e o futuro da democracia.
Há cinco meses não dialogava com Antônio Olinto. E sentia muito a sua falta. Depois de um sério acidente cerebral, o escritor mineiro e conceituado crítico literário perdeu a consciência e viveu em estado vegetativo, com a nossa esperança de que voltasse a falar.
Ouvi dizer – ou li em qualquer canto – que circula ou já foi aprovado, na Comissão de Justiça de uma das Casas do Congresso Nacional, projeto que cuida da pedofilia e de crimes afins, que são muitos e envolvem sedução, suborno, violência e patologias diversas.
O establishment brasileiro encontrou, nestas décadas, formas repetidas de resistir à mudança de fundo em que avança o “país de Lula”. Com razão, em 45, na ditadura Vargas, de par com o processo da melhoria social, trazido pelo populismo. A União Democrática Nacional surgia, então, desse primeiro ímpeto do país “bem” frente à nação que começava a usufruir de novas redistribuições de renda, logradas pelo avanço do salário mínimo e pelas múltiplas conquistas sindicais saídas do Estado Novo.
A frase é de Pablo Picasso: "Deus é, sobretudo, um artista. Ele inventou a girafa, o elefante, a formiga. Na verdade, Ele nunca procurou seguir um estilo -simplesmente foi fazendo tudo aquilo que tinha vontade de fazer". Nossa vontade de andar que cria nosso caminho -entretanto, quando começamos a jornada em direção ao sonho, sentimos muito medo, como se fossemos obrigados a fazer tudo certinho. Afinal, se vivemos vidas diferentes, quem foi que inventou o padrão do "tudo certinho?" Se Deus fez a girafa, o elefante e a formiga, e nós procuramos viver à Sua imagem e semelhança, por que temos que seguir um modelo?
No apartamento do editor Roberto Feith, durante um jantar, Marcelo Rubens Paiva me revela que esteve em Nova Iorque, onde visitou o museu dedicado ao Titanic – aos restos do Titanic, bem entendido. Sucessivas expedições, das quais já resultaram filmes e documentários, foram feitas ao fundo do mar, tantos mil metros abaixo da superfície. Para trazer, entre outras coisas, colherinhas de prata e pires que naufragaram em companhia de mil e tantos mortos.
A ideia de uma ponte aérea entre os aeroportos de Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ) não é má, embora não seja boa. Desafogaria o terminal de Congonhas, que está no limite de saturação, e aliviaria o Santos Dumont, que não está nas mesmas condições, mas começa a criar caso com o barulho que perturba quem vive ou trabalha em suas imediações.
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