[1] Devemos ir à igreja
[3]Há cerca de cinco anos, fui convidado pelas Nações Unidas para participar de uma reunião preparatória a uma conferência sobre tecnologia e os direitos individuais, em Bilbao, na Espanha.
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[1] Há cerca de cinco anos, fui convidado pelas Nações Unidas para participar de uma reunião preparatória a uma conferência sobre tecnologia e os direitos individuais, em Bilbao, na Espanha.
[1] EM 1991 , quando Mitterrand, invocando o passado europeu, dizia que "a missão da Santa Aliança se esgotou na retomada do Kuait", escrevi neste espaço: "O Iraque será nesse quadro um novo Líbano? Esta realidade será terrível, na repetição da violência mais cruel, como se vê no massacre dos curdos, queimados nos desertos de Kirkuk".
[1] APÓS A SEGUNDA Guerra Mundial, quando o Parlamento britânico havia ficado em ruínas, cresceu uma discussão envolvente sobre como deveria ser a reconstrução. Uma corrente levantou a idéia de buscar-se uma nova área e aproveitar a oportunidade para construir um prédio moderno. Outra corrente defendeu a reconstrução com a ampliação dos módulos, modernizar as velhas instalações. O gênio de Winston Churchill disse um grande não às duas propostas e decidiu que a Câmara dos Comuns, aquela sala modesta, que se reúne como se fosse uma família, deveria ser reerguida como sempre fora: com galeria pequena, mesa central, bancos nas laterais e modéstia setecentista. Seu argumento era o de que o estilo do Parlamento britânico correspondia à sua arquitetura. Fazia fugir da retórica, decidir como se fosse uma família, ser veemente sem ser verboso, irônico sem ser vulgar. A arquitetura se confundia com o trabalho parlamentar, e modificá-la seria modificar a Inglaterra. Escreveu uma página brilhante sobre o assunto.
[1] O MARQUÊS de Pombal escreveu uma carta ao governador do Maranhão, Melo e Póvoas, seu sobrinho, dando-lhe conselhos de tio sobre como devia governar. São muitos, mas num deles se referia a de que maneira devia fazer justiça e recomendava: tivesse sempre presente que três deuses colocaram os antigos com os olhos vendados, Astréa, deusa da Justiça, Cupido, deus do amor, e Pluto, deus da riqueza. Tirava a conclusão de que, se estavam com os olhos vedados, era porque não eram cegos. "É prejudicial em quem governa riqueza cega, amor cego -e justiça cega."
[1] A DATA DE hoje, Dia da Independência, o Sete de Setembro, é o chamado tema impositivo. Dizem ser uma tendência mundial o lento e gradual -como seria a fórmula Geisel para a democracia- declínio do sentimento de pátria, usurpado pela outra inexorável ascensão do universalismo, por meio da globalização cada dia mais presente.
[1] Setembro, 11, uma lembrança amarga. Pela tragédia, pela brutalidade, pelos que morreram, pelos que sofrem. E pelas conseqüências desestabilizadoras para o mundo. O presidente Bush não viu o episódio em sua dimensão universal. Encarou-o com uma visão de vingança e truculência.
[1] O BRASIL TEM um desafio permanente em sua história: pagar a dívida social. Esse problema, que foi universal, acabou resolvido pelo "Welfare State" (Estado de Bem-Estar Social), pelos regimes democráticos que se sucederam às revoluções do século 18. Aqui o problema da desigualdade cresce a cada dia. Enfrentávamos o descompasso entre as necessidades de crescimento e de promoção social.
[1] Em todas as crises políticas brasileiras, as pequenas e as grandes, a primeira idéia que surge é de concertar o que os costumes não consertaram, com nova legislação. Legisla-se para tudo, a toda hora e sempre se pede mais leis. O resultado é que de tantas leis, terminamos por viver sem leis.
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[1] O CONCEITO e a idéia das Forças Armadas estão ligados indissoluvelmente à existência do Estado. As próprias finalidades deste último legitimam a manutenção de forças organizadas com o propósito de tornar efetiva a soberania e de enfrentar conflitos. Para isso, elas terão de ser capazes de garantir a própria existência do país e de enfrentar ameaças externas. Daí a necessidade de serem modernas, profissionalizadas, com salários dignos e recursos humanos bem preparados.
[1] ESTOCOLMO, Suécia. Estou aqui na reunião anual de ex-presidentes e chefes de governo para analisar a atual situação do mundo. A ela comparecem experts em todos os temas.
[1] JÁ QUE O assunto é a Copa e a escolha do Brasil para realizá-la em 2014, vou entrar na onda. O anúncio da decisão da Fifa teve ares de feito nacional, com direito à presença do presidente da República, ministros, governadores dos maiores Estados da federação, além de uma comitiva menos votada de parlamentares, cartolas e sem-ingresso. Romário substituiu Pelé e deixou um enigma no ar: se vai ser ou não candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro, deixando a bola pelo bolo eleitoral.
[1] DOM MIGUEL de Unamuno foi um dos pensadores mais populares da minha geração. Seus livros eram lidos, aprendidos e meditados quando éramos moços. Um deles, na minha primeira mocidade, ginasiano, causou-me grande impressão e maior influência. Chama-se "O Sentimento Trágico da Vida". Ele fala sobre a busca humana da imortalidade, de ser eterno, em como fugir da morte, dos sistemas teológicos e filosóficos que nos apontam para a imortalidade da alma, até a ressurreição cristã, de voltar "com as próprias vestes". Desse livro, ficou na minha memória sua afirmação de que a pergunta mais profunda do Novo Testamento é a de Pilatos: "O que é a verdade?".
[16] José Sarney tomou a si, afinal, responder a injúria continuada do governo de Chávez contra o Brasil. Não há precedentes da repetição de agressões contra o país concentrada no Senado a ser chamado de lacaio ou serviçal do imperialismo e das concertações de Washington. Não temos precedentes de uma escalada verbal que vai a órgão da soberania nacional exatamente responsável pela última chancela à nossa política externa.
Links
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[15] http://www2.machadodeassis.org.br/artigos/tira-nos-da-aldeinha
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[19] http://www2.machadodeassis.org.br/artigos?palavras_chave=Jos%C3%A9%20Sarney&page=31
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