[1] O passar dos anos
[2]É difícil fugir a um tema quando ele se impõe avassalador. Pensei em escrever sobre flores ou sobre a Bolívia e seu labirinto. Logo 2006 chegou à minha frente e não tive como afastá-lo.
[1] É difícil fugir a um tema quando ele se impõe avassalador. Pensei em escrever sobre flores ou sobre a Bolívia e seu labirinto. Logo 2006 chegou à minha frente e não tive como afastá-lo.
[1] "Num meio dia de Primavera / Tive um sonho como uma fotografia / Vi Jesus descer à terra. /... / Tinha fugido do céu". É assim que Fernando Pessoa começa o seu poema sobre o Menino Jesus, que convivia com ele na sua aldeia, correndo campos e colinas. Tinha fugido do céu. Lá tudo era muito solene e sempre havia o desejo de que ele se tornasse homem e o colocassem numa cruz com uma coroa de espinhos.
[1] O ano político já foi. No balanço, pesam mais as denúncias e revelações do que os resultados concretos. Ainda estamos no terreno de conclusões e ambigüidades. Sob pressão da sociedade, foram entregues duas cabeças aos tigres.
[1] Mais uma vez volto a falar na reforma partidária - e cada vez tenho vontade de falar mais. Duas reformas são tratadas de maneira retórica, porque ninguém deseja realmente fazê-las: a reforma política e a reforma administrativa.
[1] Em Iguaçu, demos o primeiro arranco. Em Iguazú, 20 anos depois, celebramos os resultados.Diz a sabedoria popular que as semanas passam muito devagar e que os anos correm mais rapidamente que as águas do vertedouro de Itaipu.
[1] Outro dia , eu disse que a política é uma guerra -à repórter que me perguntou a respeito da pressão que estão exercendo sobre o ministro Palocci, transpondo a luta paroquial de Ribeirão Preto para o plano federal.
[1] Outro dia , eu disse que a política é uma guerra -à repórter que me perguntou a respeito da pressão que estão exercendo sobre o ministro Palocci, transpondo a luta paroquial de Ribeirão Preto para o plano federal.
[9] Os presidentes José Sarney, pelo Brasil, e Raúl Alfonsín, pela Argentina, deram vigoroso impulso ao Mercosul. Na fase cálida das duas presidências, o Mercosul deu a impressão de que iria constituir-se numa réplica do Mercado Comum Europeu, que resultou na União Européia. Não se cogitava e não se supunha as singularidades da política latino-americana. Mas o Mercosul foi poupado até agora e continuará sendo, assim esperamos, para se solidificar num organismo capaz de impor uma efetiva União, com um número de países-membros ainda maior.
[1] O que mais tenho ouvido, e constitui um tema de comemoração e de ufanismo, é o fato de que a crise política brasileira, profunda e esparramada, não conseguiu abalar as estruturas do regime, não existem ameaças institucionais e, como conseqüência, a economia mantêm-se firme como as colunas naturais do rochedo de Gibraltar, que desapareceram como de Hércules, colosso e maravilha, limites do mundo.
[1] Em 1961 , eu estava na ONU, na delegação brasileira presidida por Afonso Arinos de Melo Franco e composta por Gilberto Amado, Antonio Houaiss, Araújo Castro, Guerreiro Ramos, Josué de Castro e outros.
[1] Lourival Batista, um estreito amigo e experimentado político de Sergipe, sempre me dava um conselho, que era um pouco inútil, uma vez que eu já praticava esse comportamento: "Não tenha raiva, dá erisipela". Ele, também, no exercício de vários mandatos de senador, fazia uma campanha indormida contra o tabagismo e incluía entre os males associados ao tabagismo ser irascível. Quando viajava, seu hobby no avião, em tempos em que ainda se fumava no avião, era dirigir-se às senhoras que estavam fumando, pedir licença e dizer: "Minha senhora, não fume, a senhora é tão bonita; e fumar provoca rugas e raiva, e ter raiva dá erisipela".
[1] Os enciclopedistas sistematizaram o conhecimento humano para que pudesse fugir das concepções religiosas em busca da razão, da ciência experimental. Seus antecedentes eram Pascal, Galileu, Bacon e outros menos ou mais votados.
[1] Não sou dado a ver sinais misteriosos nos céus nem avisos cabalísticos. Mas é instigante a sucessão de desastres naturais que têm ocorrido nos últimos meses.
[1] Nova York . Viajar não é somente conhecer, é também reconhecer. Há 45 anos, visitei os Estados Unidos pela primeira vez, como observador na 16ª Assembléia Geral das Nações Unidas. Era o tempo da descolonização. Caía o velho sistema dos impérios, com países explorados por outros, ricos, quase todos na Europa, os segundos, e os primeiros na África. No Oriente Médio, os ingleses, ganhadores da Segunda Guerra Mundial, viam cair os seus protetorados, encharcados em bacias gigantescas de petróleo.
[1] É uma constante nos momentos pragmáticos que vivemos dizer que chegamos a uma época na qual todas as utopias desapareceram. Procuram vincular esse pensamento à morte das ideologias: o mundo em que vivemos não aceita mais dogmas, chegamos ao fim da história que é o desembarque no liberalismo econômico e na democracia política; os países que ainda não estão nesse caminho são desvios da marcha inexorável do progresso da humanidade.
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