
A música que vinha da capela
[2]No dia do meu aniversário o universo me deu um presente que gostaria de compartilhar com meus leitores.
No dia do meu aniversário o universo me deu um presente que gostaria de compartilhar com meus leitores.
A avalanche mundial das direitas repercute no Brasil. É evidente que, de saída, nós estamos vendo este fenômeno inédito: não se trata apenas da prisão de Lula, mas de reconhecer o fato de que ele não tem substituto.
O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, deu uma espécie de freio de arrumação nas discussões sobre o instituto do habeas corpus, mostrando que nem tudo é preto ou branco.
Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal explicitou uma disputa interna entre dois grupos com visões distintas do que seja a aplicação do Direito.
Os últimos dados das Nações Unidas quanto ao exercício da cidadania pela prática do sufrágio são extremamente inquietantes, evidenciando o abandono dessa participação por parte da mocidade.
É provável que eu repita muito do que escrevi por ocasião da condenação de Lula em janeiro. O sentimento de pesar é o mesmo. Para quem acompanhou sua trajetória desde o começo, é difícil comemorar sua prisão. Acho que o lamento é parecido com o de Frei Betto e Ricardo Kotscho, grandes amigos do ex-presidente, mas que não misturam coração e mente, o homem e o político.
Tendo o ministro Marco Aurélio Mello aceitado o pedido de adiamento feito pelos novos advogados do Partido Ecológico Nacional (PEN), a questão da prisão em segunda instância provavelmente voltará à estaca zero.
O temor do ministro Marco Aurélio Mello de que uma convulsão social ocorresse devido à prisão do ex-presidente Lula, o que não aconteceu, se transfere agora para uma medida que o próprio ministro pretende patrocinar, levando o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar amanhã a mudança da jurisprudência que permite a prisão em segunda instância.
A esperteza, quando é muita, cresce e come o dono. Essa pode ser a definição do que aconteceu ontem em São Bernardo do Campo. O ex-presidente Lula quebrou todos os acordos feitos com a Polícia Federal desde as 17 horas de sexta-feira para se entregar, e montou uma encenação que só piorou sua situação, política e jurídica.
Foram quase 11 horas com apenas alguns intervalos, bem mais do que a peça de Ariane Mnouchkine “Rei do Camboja”, de oito horas, a que assisti em 1985 em Paris e que era o meu recorde de espectador. Só que o espetáculo do STF teve mais suspense, pois não se sabia o que iria acontecer com o protagonista.
Nas análises dos especialistas em mediação de conflitos da Polícia Federal, o PT usou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC como um bunker para proteger o ex-presidente Lula, e militantes como barreiras humanas para impedir uma ação policial sem incidentes graves.
A decretação da prisão do ex-presidente Lula trouxe a preços presentes as conseqüências políticas que estavam sendo aguardadas para um futuro não tão imediato.
Na capa de Exílio, de Lucas Guimaraens, uma imagem negra se adensa, depois se esvazia, até se configurar em pigmentos estilhaçados. Que melhor representação para o exílio, senão o estilhaço? Pontos nômades, sem centro, submersos no "lago das incertezas", subtítulo deste que é o terceiro livro de poemas do autor.
Vimos ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) duas mulheres se impondo com delicadeza e firmeza a atitudes surpreendentemente grosseiras de dois ministros. É verdade que Marco Aurélio Mello estava indisposto com qualquer voto contrário à sua posição e já havia interrompido colegas que votavam contra o habeas corpus de Lula, mas foi com a ministra Rosa Weber e com a presidente Cármem Lúcia que ele se excedeu, inconformado com a derrota anunciada.
O roubo de armas tornou-se lugar comum no Brasil e acontece também nos Estados Unidos. Aqui houve o assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson; lá um pouco antes ocorreu na Flórida, em Marjory Stoneman Douglas, 17 jovens foram mortos por um desequilibrado, armado com um fuzil AR-15.
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