
De olho no futuro
Ressalvas feitas pela defesa de Bolsonaro e apoiadas por Fux não invalidam o julgamento. Houve tentativa de golpe
Ressalvas feitas pela defesa de Bolsonaro e apoiadas por Fux não invalidam o julgamento. Houve tentativa de golpe
O ministro Luiz Fux não está votando no sentido de absolver o ex-presidente Bolsonaro e seus associados, mas com o objetivo de garantir que, um dia no futuro, o julgamento venha a ser anulado. Pela lógica, ele deveria absolver todos os acusados, pois levantou a nulidade absoluta do julgamento. Mas todos acham que ele votará pela condenação dos réus, divergindo ainda na dosimetria final.
Do jeito que vai, pode perder o grande apoio que poderia ter do centro. Na retórica, vai muito para a radicalização e ficará preso numa bolha.
Não há indícios de que possa haver movimentação militar hoje, 7 de setembro, ou depois do resultado do julgamento, pois a tropa está aceitando como normal a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe
A anistia não alcança a inelegibilidade porque ela não é uma punição criminal, mas um requisito negativo para concorrer a eleições, fixado pela Constituição e pela Lei Eleitoral
Julgamento produzirá uma decisão da mais alta Corte de Justiça do país que deverá ser acatada por todos, inclusive pelos militares
“Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la”, disse Edmund Burke, filósofo irlandês do século XVIII
O que os parlamentares querem agora é uma blindagem mais completa. Montaram uma legislação que dará condições a que nenhum deles seja sequer processado, quanto mais condenado.
O tarifaço de Trump acabou com a família Bolsonaro. Ficou claro que tudo é um arranjo para salvá-los pessoalmente, sem ajuda nenhuma para os “pobres velhinhos e velhinhas” que participaram do 8 de Janeiro
A atuação política de Flavio Dino quando ministro da Justiça era tamanha que muitos consideraram a sua escolha para o Supremo uma estratégia de Lula para tirá-lo da corrida presidencial.
A missão do avião americano foi autorizada pelo governo brasileiro numa hora dessas?
A discussão que se impõe é saber se um presidente da República em seu primeiro mandato quererá ter em seu encalço a figura de Bolsonaro
Em tese, Kissinger defendia os direitos humanos, mas na prática, e nas conversas com os ditadores, como Ernesto Geisel do Brasil e Augusto Pinochet do Chile, o secretário americano se solidarizava com eles.
Lula recorreu a Cortes internacionais legítimas, enquanto Bolsonaro provocou um estrago econômico no país incentivando a intervenção de um governo estrangeiro.
Imortalizadas nos computadores dos acusados, expressões transformaram-se em provas quando confrontadas com a realidade.