
A força da memória
Em meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, usei uma frase que, de vez em quando, repito, levado pela verdade que ela transmite. Esta: "País sem memória está morto e não sabe". Diga-se que o mesmo acontece com regiões definidas, com cidades e até com burgos menores. Louvo, por isto, os livros que registram, discutem e mostram os movimentos culturais de uma região e levantam a memória de trechos de nosso País onde nos reunimos para viver, agir, amar, pensar, enfim, ser. Temos permanente necessidade de guardar o que fazemos: sonetos, narrativas, contos, pinturas, músicas, móveis, prédios, como sinais individualizados de um determinado lugar.