
Negociação ou negociata
Está nos faltando a capacidade de deixar em segundo plano a paixão individual quando se trata de uma causa maior.
Está nos faltando a capacidade de deixar em segundo plano a paixão individual quando se trata de uma causa maior.
Os psicopatas estão na moda, sendo muito lembrados pelos que gostam de fazer analogia entre a bem-sucedida novela de João Emanuel Carneiro e a política atual.
Confirmada a delação premiada do senador Delcídio do Amaral, que a reportagem do Globo em Brasília tem razões fortes para bancar, a investigação da Lava-Jato ganhará um fôlego ainda maior diante da gama de relações que o ex-líder do governo petista cultivou em sua trajetória política.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a prisão de condenados em segunda instância, em vez de permitir que recorram em liberdade até o chamado trânsito em julgado, que pode levar em média mais de 15 anos, terminando sempre no STF, é uma mudança radical e elogiável no nosso sistema criminal, qualificado ontem pelo ministro Gilmar Mendes como “surreal”, pela incapacidade de condenar.
Obteve maior impacto nas prévias eleitorais americanas a proposta do candidato democrata Bernie Sanders de instalar no país a gratuidade do ensino superior.
As duas vitórias do governismo no dia de ontem paradoxalmente denotam a fragilidade de suas posições, embora confirmem que ainda há poder suficiente para o Palácio do Planalto gastar, mesmo em defesa de causas desgastantes e adotando métodos reprováveis que corroem cada vez mais sua legitimidade.
Duas reuniões importantes da cúpula petista, dos conselhos do PT e do Instituto Lula, tiveram curiosa reversão de expectativas nos últimos dias. Nos dois casos foram anunciadas como temas prioritários supostas “ameaças crescentes ao Estado Democrático de Direito”, e o que seria uma “ofensiva reacionária para criminalizar o PT e a escalada de ataques ao companheiro Lula”.
Em vez de impedir, proibição de ‘Minha luta’ pode estimular leitura, um fenômeno que costuma ocorrer desde o Jardim do Éden sempre que se decreta uma interdição.
O documento enviado pelo Juiz Sérgio Moro no dia 6 ao Tribunal Superior Eleitoral confirmando o uso de dinheiro desviado da Petrobras em doações ao Partido dos Trabalhadores como se fossem de origem legal tem importância política não apenas por que Moro ressalta que o TSE foi usado para lavar o dinheiro da corrupção na estatal, mas sobretudo por que o fez atendendo a ofícios enviados pelo ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral.
Mais uma vez, o papa Francisco tem se referido ao fato de sermos todos irmãos. Por isso, devemos nos dar as mãos, sem preconceitos estéreis. Chama os judeus de "nossos irmãos mais velhos".
Sou ignorante, entre outras coisas, da política e economia. Apesar disso, a crise atual está tão escancarada que até um Aedes aegypti perceberia. Além dos problemas atuais que envolvem corrupção e falta de rumo do governo, já estamos em arranjos preliminares para a próxima eleição presidencial.
Não é novidade dizer que estamos vivendo, no Brasil, um momento excepcional. Crise econômica e crise política não são raridades nem aqui, nem noutros países, particularmente hoje, quando há conflitos e divergências de toda ordem. Não sei se isso se deve simplesmente aos problemas, mesmo, ou se é estimulado pelo caráter planetário do mundo atual, quando tudo é noticiado a cada momento, ocorra onde ocorrer.
É preocupante a falta de conhecimento de diversos profissionais de diferentes áreas em relação à Língua Portuguesa. Alegam essas pessoas que a simples troca de um z por um s não muda o valor de uma petição advocatícia, a receita de um médico ou, ainda, o relatório de um administrador. Puro engano: um texto mal escrito abala a imagem do profissional que o escreveu e, sem dúvida, desqualifica o trabalho.
Não me lembro de outro período da história contemporânea reunindo tantas crises: política, econômica, moral, ambiental e, a mais grave de todas, a da saúde pública.