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Artigos

  • Símbolos

    Há muitos simbolismos nesse processo do mensalão, que vão se revelando no transcorrer do caso, mas nenhum deles é assumido, apenas sutilmente insinuado. Quando o então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza apresentou sua denúncia, eram 40 os acusados. Viu-se no número redondo a intenção de relacionar o caso com a história de Ali Babá e os 40 ladrões e, mais que isso, de insinuar que o então presidente Lula não estava indiciado por questões políticas.

  • Luta por privilégios

    Os “presos políticos” José Dirceu e José Genoino continuam sua “luta política” na tentativa de se livrarem da parte mais dura da condenação, mesmo no regime semi-aberto a que estão condenados. O terceiro membro petista do que até agora é considerada “uma quadrilha” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT, parece ter se aquietado depois de ter assinado manifesto político no primeiro dia de prisão. Quanto mais se debatem dentro da prisão, em busca de privilégios que já são evidentes no dia a dia da cadeia, Dirceu e Genoino vão produzindo fatos que apenas aumentam a visibilidade de suas condenações e expõem à opinião pública a tentativa de desmoralizar a Justiça e fugir de suas responsabilidades penais.

  • Reforma política

    Num país em que o eleitor primordialmente vota no candidato, não no partido, e onde estes geralmente têm pouquíssima personalidade ou consistência ideológico-programática, procura-se uma maneira de estabelecer a fidelidade partidária sem que a judicialização da política prevaleça como hoje.

  • Contra o tempo

    A queda de mais de 10% nas ações ordinárias da Petrobrás reflete não apenas as dificuldades de gestão por que passa a estatal, mas, sobretudo, o descrédito da política econômica do governo. Os investidores estrangeiros foram os maiores vendedores dos papéis brasileiros, um recado direto sobre a maneira com que o governo vem lidando com o controle da inflação, a principal razão para que os reajustes dos preços de gasolina e diesel não tenham o aumento compatível com o mercado internacional.

  • Abraço de afogados

    O resultado das pesquisas eleitorais não está facilitando as negociações na base governista, que dependem muito ainda do aval do ex-presidente Lula, mas impede que os principais candidatos da oposição avancem nas suas tratativas regionais. O senador Aécio Neves gasta seu tempo basicamente na tentativa de garantir o apoio da base paulista do partido, certo de que será competitivo, com grandes chances de sair vencedor num segundo turno, se for forte eleitoralmente em São Paulo.

  • Triste fim

    O episódio do mensalão marcará para sempre a história do país mesmo que seus principais personagens e a máquina partidária do PT busquem apagá-lo, como faziam os stalinistas com os expurgados do regime. No stalinismo, tiravam-se das fotografias os indesejáveis que caíam em desgraça. Na versão stalinista do petismo, busca-se expurgar a própria História para manter vivos, como heróis populares, os condenados pelo Superior Tribunal Federal (STF).

  • Tempestade perfeita

    O dia de ontem foi pródigo em manifestações das mais variadas espécies sobre um só motivo: o receio de que as manifestações de junho passado voltem a tomar conta do país. Quem primeiro revelou essa preocupação recôndita foi o ex-presidente Lula, cuja língua solta acabou traindo-o no discurso de improviso que fez ao receber o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo.

  • Presidencialismo fragmentado

    Enfim, um trabalho acadêmico que desafia o pensamento majoritário na literatura internacional das ciências políticas, contra uma visão pessimista dessa combinação institucional que o Brasil tem de presidencialismo de coalizão. São ideias heterodoxas, mas colocam em discussão pontos importantes de nosso sistema político-eleitoral.

  • "Moedas heterodoxas"

    A fragmentação partidária, vista por muitos, inclusive eu, como uma das características mais deletérias de nosso sistema político-eleitoral, é defendida por Marcus André Melo, professor de Ciência Política na Universidade Federal de Pernambuco e Carlos Pereira, professor de Políticas Públicas na Fundação Getulio Vargas no Rio, como um instrumento de inclusão democrática e fórmula de se contrapor a um Executivo poderoso, posição consolidada no DNA do sistema político brasileiro.

  • Reforma à vista

    O Supremo Tribunal Federal (STF) está caminhando para impor ao próximo Congresso a necessidade de, enfim, aprovar uma reforma política que resolva o imbróglio que o próprio Supremo e os partidos políticos não souberam superar nos últimos anos.

  • Moderação em xeque

    A causa dos "moderados" na Malásia, movimento pára-governamental que pretende dar conteúdo político ao novo governo do primeiro-ministro Najib Razak, transformando-o em porta-voz da modernidade na região, está sendo contestada pelos fatores locais, o que provocou ontem, na primeira sessão do seminário da Academia da Latinidade aqui em Kuala Lumpur, uma grande discussão.

  • Globalização não hegemônica

    A Academia da Latinidade, que reúne intelectuais de diversas partes do mundo com o objetivo de promover a aproximação das culturas, começa hoje aqui em Kuala Lumpur, na Malásia, sob a coordenação do cientista político brasileiro Candido Mendes, seu secretário-geral, um seminário para discutir o que está acontecendo com a globalização a partir dos novos blocos internacionais formados por países não necessariamente integrados entre si, uma nova configuração que determinaria a globalização não hegemônica, reduzindo a antiga dimensão regional para a formação dos blocos.

  • A Copa da discórdia

    Num ano em que a realização da Copa do Mundo de futebol mistura-se com as questões políticas nacionais, críticas como as do presidente da FIFA Joseph Blatter à má organização do torneio no Brasil acirram logo os ânimos. Blatter disse que nunca viu uma Copa com mais atrasos como a do Brasil, que teve sete anos para organizá-la e está fazendo tudo em cima do laço, fora dos prazos.

  • A busca do novo

    O chamado Triângulo das Bermudas da política brasileira, formado pelos estados de Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, reúne 42% do eleitorado nacional e, diante das mudanças na geografia política do Norte e do Nordeste, deve ser o centro das batalhas decisivas da eleição presidencial de 2014.

  • Triângulo das Bermudas

    Os principais candidatos à Presidência da República em outubro estão dedicando seus melhores esforços à formação de palanques na Região Sudeste, especialmente nos três principais colégios eleitorais, São Paulo, Rio e Minas, o chamado Triângulo das Bermudas da política brasileira, onde, tudo indica, as batalhas mais decisivas serão travadas.