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Artigos

  • Geleia eleitoral

    O encontro do ex-presidente Lula com representantes de alguns partidos da base aliada, tendo o vice-presidente Michel Temer como principal interlocutor do PMDB, gerou alguma ciumeira entre partidos que não foram convidados - PP, PR e PTB, a direita da coalizão governamental. E também deixou no ar uma proposta de misturar o voto em lista fechada defendido pelo PT e o "distritão" que o PMDB quer, tudo para viabilizar o financiamento público de campanha, que parece ser o grande objetivo de Lula na sua pregação pela reforma política.

  • Pobreza americana

    O crescimento da pobreza nos Estados Unidos em 2010, em consequência da crise econômica, recentemente revelado por pesquisas oficiais, fez voltar um debate que chegou a ter até mesmo um pitoresco lado internacional. Ao mesmo tempo em que, no Brasil, o ano de 2010 marcou a ascensão da classe C, a classe dominante tanto em número de pessoas quanto em poder de compra, abrigando mais de cem milhões de brasileiros, nos Estados Unidos houve o inverso, fazendo com que alguns ufanistas considerassem que o Brasil, finalmente, sobrepujara os Estados Unidos.

  • Custos sociais

    A tese de que é preciso gastar cada vez mais no social, ainda que isso tenha um custo alto, como a criação de novo imposto para substituir a CPMF, aumentando ainda mais a carga tributária, porque provocaria o desenvolvimento, está em vigor muito antes deste governo.

  • Reinventar a democracia

    O discurso do acadêmico, educador e crítico literário Eduardo Portella, ex-ministro da Educação (que cunhou a frase "Não sou ministro, estou ministro"), na cerimônia de minha posse na Academia Brasileira de Letras, sexta-feira, foi uma importante peça de análise política sobre "os tempos nublados da derradeira modernidade", que ele prefere chamar de "baixa modernidade", que estamos vivendo.

  • Prioridades

    Enquanto o debate sobre a necessidade ou não da criação de um novo imposto para financiar o sistema de Saúde do país vai se desenrolando, vai ficando cada vez mais evidente que se está discutindo uma questão de escolha, de prioridades. Os dados mostram que o governo, de uns anos para cá, reduziu o que gastava com a Saúde e aumentou a verba para os programas assistencialistas.

  • A guerra do óleo

    A guerra da distribuição dos royalties do petróleo está chegando a um ponto de ruptura entre o governo federal e os estados produtores, principalmente o Rio de Janeiro, o que tem mais a perder. Ontem, o governo federal, em aliança com alguns senadores nordestinos, tentou votar o projeto, mas o PSDB atrasou entrega de relatório de uma medida provisória, e a pauta seguiu obstruída.

  • Difícil acordo

    A tese de Constituinte revisora lançada pelo PSD como bandeira principal do novo partido é um desdobramento de propostas semelhantes que já haviam sido discutidas e abandonadas, e tem como novidades a amplitude da sua atribuição - só ficariam de fora a divisão dos poderes, o modelo federativo, o voto secreto e as garantias individuais - e a proposta de que seus membros seriam eleitos por voto em lista fechada.

  • Linha dura no PSDB

    A Comissão Executiva Nacional do PSDB resolveu interferir diretamente na escolha dos pré-candidatos a prefeito nas eleições municipais do próximo ano, reservando para si a última palavra nos municípios com mais de 200 mil eleitores.

  • Dilma e Rio

    A decisão da presidente Dilma, revelada pelo governador do Rio, Sérgio Cabral, de entrar no Supremo Tribunal Federal juntamente com o governo do estado, caso o veto do ex-presidente Lula ao projeto do deputado Ibsen Pinheiro de distribuição dos royalties do petróleo seja derrubado, deve pôr a discussão nos seus devidos termos, fazendo valer o compromisso do Estado brasileiro com os estados produtores, assumido por Lula.

  • Jogo de interesses

    As bancadas dos estados produtores, em especial a do Rio de Janeiro e a do Espírito Santo, conseguiram adiar a votação do projeto de redistribuição dos royalties do petróleo para daqui a duas semanas, ganhando tempo para tentar uma negociação que não prejudique os seus interesses e contemple os estados não produtores.

  • Poderes empacados

    Os poderes da República encontram-se impossibilitados de decidir seus assuntos mais prementes, parecem empacados diante de seus problemas. O Supremo Tribunal Federal ainda não encontrou clima político para decidir sobre a abrangência dos poderes do Conselho Nacional de Justiça e ontem, mais uma vez, não abordou o tema complexo da fiscalização do Judiciário.

  • Velhos e moços

    O Brasil é o único lugar do mundo onde se fica jovem até mais tarde e se envelhece mais cedo. Em todo lugar do mundo é idoso quem tem mais de 65 anos, mas no Brasil a velhice chega aos 60 anos, graças a pressões sindicais. Por outro lado, também por interesses políticos e da UNE, a juventude se estende até os 29 anos.

  • Brasileiro se vira

    Em tempos de classe C emergente e Estado provedor, o cientista político Alberto Carlos de Almeida, conhecido pelo best-seller em que analisa a "cabeça do brasileiro", tira de uma pesquisa nacional de seu Instituto Análise uma conclusão: apesar das dificuldades e das incertezas, o brasileiro é empreendedor.

  • Plebiscito e representação

    Ao apoiar a proposta de se fazer um plebiscito para saber qual é a reforma política que o eleitor brasileiro deseja, se é que ele quer alguma mudança, o presidente em exercício Michel Temer justificou a medida como uma maneira de superar a incapacidade do Congresso de chegar a um consenso sobre o tema.