
Onda reformista
A reforma do ICMS está nas mãos do Congresso, mais especificamente do Senado, depois que várias propostas do governo fracassaram na busca de um consenso entre os Estados para dar fim à guerra fiscal.
A reforma do ICMS está nas mãos do Congresso, mais especificamente do Senado, depois que várias propostas do governo fracassaram na busca de um consenso entre os Estados para dar fim à guerra fiscal.
O presidente a ser eleito em 2014 já pode contar com um roteiro básico sobre os caminhos a serem percorridos para que o país volte a ter desenvolvimento econômico sustentado, focado em políticas voltadas para a produtividade e a competitividade, para retomar uma expansão anual ao ritmo de 4%. Os economistas Fabio Giambiagi (BNDES) e Claudio Porto (consultoria Macroplan) organizaram o livro “Propostas para o Governo 2015-2018 — Agenda para um País Próspero e Competitivo” (editora Elsevier), com análises e sugestões de políticas e iniciativas de interesse público de 40 especialistas.
No momento em que a aliança do PMDB com o PT no Estado do Rio está em perigo devido a divergências sobre o candidato à sucessão do governador Sérgio Cabral, acaba de ser publicado na DADOS, a principal revista de ciências sociais do país, o artigo "O Rio de Janeiro e o Estado Nacional", dos cientistas políticos Octavio Amorim Neto, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE), da Fundação Getulio Vargas, Rio de Janeiro, e Fabiano Santos, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que analisa a influência do Rio de Janeiro na política nacional entre 1946 e 2010, com ênfase nos fatores que explicam o “impressionante declínio” da participação do estado no governo federal a partir de 1969, confirmado nos vinte anos seguintes ao retorno de eleições multipartidárias a partir de 1982.
A crise entre o Congresso e a Casa Branca nos Estados Unidos, finalmente superada antes que terminasse o prazo para elevar a capacidade de endividamento do Departamento do Tesouro, nos remete à discussão que acontece no Congresso brasileiro sobre a aprovação do que está sendo chamado em linguagem de marketing de “orçamento impositivo”.
A ex-senadora Marina Silva deu mais um passo na denúncia de que o governo da presidente Dilma se tornou refém de chantagens de sua base aliada em busca de mais cargos e nomeações fisiológicas. Ela propôs em uma reunião ontem do PSB que os partidos independentes se unam no Congresso para impedir que os partidos governistas obstruam votações de assuntos importantes para o país, como maneira de pressionar o governo.
Há uma clara razão estratégica para a presidente Dilma ter escolhido Marina Silva como a adversária a ser batida, além do fato de as pesquisas de opinião independentes mostrarem que a ex-senadora é a adversária que mais perigo lhe oferece no momento.
O que pode definir essa eleição presidencial é a capacidade da dupla Eduardo Campos/Marina Silva de assumir a condição de oposicionista no primeiro turno, mas, sobretudo, num eventual segundo turno da eleição presidencial, caso quem vá para a disputa com a presidente Dilma Rousseff seja o candidato do PSDB Aécio Neves. Isso por que no caso de a dupla Campos/Marina chegar ao segundo turno, o apoio do PSDB será praticamente automático, a não ser que algum percalço durante a campanha o inviabilize, o que é improvável.
A primeira pesquisa de opinião depois do anúncio da união entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco Eduardo Campos, divulgada ontem pelo Datafolha, tem boas notícias para a presidente Dilma, que continua amplamente favorita, e, além de tudo, viu que a união dos dois adversários não produziu resultados eleitorais até o momento.
A primeira pesquisa de opinião depois do anúncio da união entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco Eduardo Campos, divulgada ontem pelo Datafolha, tem boas notícias para a presidente Dilma, que continua amplamente favorita, e, além de tudo, viu que a união dos dois adversários não produziu resultados eleitorais até o momento.
O debate sobre a proibição de biografias que não tenham sido autorizadas expressamente pelo biografado ou por sua família tem tudo a ver com o momento político que vivemos, em que se perdeu a noção dos limites dos direitos e deveres da cidadania, onde se discute a morosidade da Justiça como sintoma de atraso cultural de um país em que leis são feitas para favorecer os poderosos e tentativas de controle da liberdade de expressão estão sempre presentes.
Lentamente o acordo entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco Eduardo Campos vai voltando ao seu leito natural. O acordo foi originariamente montado para que a candidatura à presidência da República ficasse em segundo plano, ressaltado o aspecto programático da união.
A tentativa de quebra da polarização entre PT e PSDB na disputa presidencial, independente do candidato que surja como a terceira via, não tem sido exitosa em nossa história política e o cientista político da PUC do Rio de Janeiro, Cesar Romero Jacob é cético quando ao êxito dessa empreitada, pois desde a redemocratização não há a repetição de uma terceira via solidamente implantada no território, que é onde se faz a política, com máquina, militância, uma ação no plano do territorial.
Se o governador do Rio, Sérgio Cabral, leva até seu cachorrinho de helicóptero para o fim de semana em Mangaratiba e pretende continuar agindo assim, sem noção de que sua ostentação é ofensiva aos cidadãos do Estado que governa, merece ser duramente criticado.
Mesmo com alguns sinais positivos, como a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do fim do voto secreto para a eleição do presidente do Senado e das comissões, permanecem mostras preocupantes de que deputados e senadores insistem em velhos hábitos já rejeitados pela voz das ruas.
Parece brincadeira, mas não é. Depois de o presidente do PT, deputado Rui Falcão, ter tido o cinismo de dizer que não havia militantes petistas nas manifestações dos últimos dias por que todos estão empregados, trabalhando, agora foi a vez de o ex-presidente Lula escrever no artigo distribuído ontem pelo The New York Times que os protestos que ocorreram pelo país são reflexos dos sucessos de seu governo nos campos econômico, político e social.