A política externa brasileira, marcada, hoje, por largo reconhecimento internacional, ressentese, ainda, de uma nítida ausência. Ou seja, a da falta de relações mais intensas com a Indonésia, a nação historicamente mais comprometida com a guinada do Terceiro Mundo, à frente da Guerra Fria, no fim do século passado. Não foi outra a ação fundadora do presidente Sukarno, com a Conferência de Bandung, e, através dela, a fuga às polarizações e às neodependências dos ditos países periféricos. Aproximamo-nos, de saída, pelo reativo equilíbrio das nossas populações, dos 250 milhões de lá aos nossos 202 milhões de brasileiros. A nossa unidade territorial contrapõe-se, por outro lado, à desse país de 17 mil ilhas, numa área estratégica, hoje, do globo, no entremeio entre a Índia e a China.