Sarney lança livros na ABL, no Rio
Em diálogo com a história, o mito e a imaginação, o Acadêmico José Sarney relança três obras que permanecem vivas, atravessando o tempo. “O dono do mar”, “Saraminda” e “A Duquesa vale uma missa” ganham novas edições, reafirmando a relevância de sua produção para diferentes gerações de leitores.
Os livros transitam por temáticas diversas, desde a Amazônia mítica, os garimpos da fronteira às intrigas da corte renascentista.
O relançamento ocorrerá numa sessão especial no Salão Nobre da Academia Brasileira de Legras (ABL), na quinta-feira, 27 de novembro, às 16h. Na sequência, haverá uma sessão de autógrafos.
A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/jose-sarney-relanca-tres-de-seus-romances-na-abl-651222 [1]. O evento também será transmitido ao vivo pelo canal da ABL no YouTube.
Livros de José Sarney
Em O dono do mar, Sarney transforma a tradição oral dos pescadores amazônicos em uma narrativa que entrelaça mito e ancestralidade. A natureza assume papel de personagem e conduz uma história em que real e fantástico se confundem. Publicado em diversos países, o romance tornou-se referência na literatura sobre o imaginário amazônico.
Em Saraminda, o ex-presidente da República e Acadêmico leva o leitor aos garimpos do Contestado do Amapá e da Guiana Francesa no século XIX, criando uma trama de sensualidade e tragédia em torno da enigmática Saraminda. A obra reúne lirismo, crítica social e densidade histórica ao revisitar um episódio pouco lembrado da memória nacional.
Em A Duquesa vale uma missa, arte, política e loucura se entrelaçam na história de Leonardo, que se apaixona pela Duquesa de Villars retratada em um quadro renascentista. O romance explora as fronteiras entre delírio e realidade e esta nova edição conta um desfecho inédito, acrescentando camadas à trama que ficou conhecida como uma das mais ousadas da literatura de Sarney.
Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980, sendo o decano da casa, José Sarney é autor de romances, ensaios, contos e crônicas traduzidos em diversos países. Consolidou uma trajetória literária que ultrapassa a vida pública, marcada por uma escrita que funde lirismo, memória e reflexão histórica.
José Sarney nasceu em Pinheiro, no Maranhão, em 1930. Membro da Academia Brasileira de Letras desde 1980, é autor de uma vasta obra que transita entre o romance, a poesia, o ensaio e a crônica.
Entre seus títulos mais conhecidos estão O dono do mar e Saraminda. Além da trajetória política, que o levou à Presidência da República (1985–1990), Sarney construiu uma carreira literária independente, marcada por lirismo, memória e pelo diálogo entre história e imaginação.
O legado da COP 30
A redução do uso de combustíveis fósseis nem estava no mandato da COP 30, mas foi tão alardeada que o tema se tornou a régua do sucesso ou fracasso do fórum de Belém. Em 14 dias, financiamento climático e adaptação entraram em segundo plano na agenda.
Aliás, as COP, já recheadas de vocabulário próprio, foram ganhando novas expressões (“mapa do caminho”, “decisão de mutirão”) e alcunhas (“a COP da verdade”, “a COP da implementação”). Mas nenhum termo é mais imponente do que “a “COP da Amazônia”.
Em se tratando de um terreno tão fértil, o que ocorreu na Belém extramuros, fora dos salões acarpetados e refrigerados (parcialmente) da Blue Zone, tornou-se relevante: a desigualdade brasileira ganhou holofotes, mas também a diversidade cultural.
Na primeira COP em um país democrático desde Glasgow (2021), a sociedade civil, finalmente, viveu a conferência: eram indígenas lado a lado com empresários na Green Zone; lideranças munduruku de mãos dadas com o presidente da COP, imersões na floresta, mergulhos no rio, almoços de tacacá, noites de aparelhagem e carimbó.
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Além de diplomatas, a COP reúne ambientalistas, cientistas, empresários, governadores, prefeitos, deputados e senadores – e, como nunca se tinha visto antes, uma população fazendo fila para entrar na Green Zone, a área da sociedade civil.
Uma COP, claro, é também sobre dinheiro. A diminuição do PIB per capita global devido ao aumento de 1,5°C na temperatura média do planeta pode ser de 8% até o final do século, em comparação com um cenário sem aquecimento adicional.
O mundo financeiro descobriu o risco. O mercado de carbono está aí, é uma oportunidade de transição. O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma alternativa de transformar doação em investimento.
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O agronegócio brasileiro, com sua Agrizone, inaugurou um modelo que veio para ficar e é capaz de ser exportado para a Turquia, a Etiópia (próximas sedes da COP) e além. Se tornou uma vitrine do setor e parte de uma solução maior.
O primeiro rascunho do texto final exibiu a ambição brasileira de excluir os fósseis, mas enfrentou a oposição dos produtores de petróleo, a ponto de, no segundo esboço, já não incluir menção ao tema – o que provocou revolta de União Europeia e Colômbia.
A presidência brasileira, exercida pelo embaixador André Corrêa do Lago, gigante não só na altura, mas na altivez, herdeiro da melhor tradição da Casa de Rio Branco, precisou se dobrar ao realismo da geopolítica.
Como grandes expectativas foram geradas, a exclusão do tema significou derrota. E, como a quem mais é dado mais é cobrado, nada sobre desmatamento, em uma COP na Amazônia, é fracasso. Indicadores de adaptação caíram de cem para 60, e há menção a triplicar o financiamento climático, só não se diz como. Houve avanços em temas indígenas e de gênero.
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Então, o que fica da conferência é só um texto frio de 58 páginas quase inteligível para não iniciados? Claro que não.
Além de tudo o que foi listado aqui, houve a gentileza do povo belenense, que recebeu milhares de pessoas com sorriso no rosto. Exemplo ao mundo.
A COP 30 uniu a Amazônia de 2025 ao Rio de 1992. Fechou-se um ciclo. Mas é hora de abrir-se outro. Urgentemente.
Pesquisa em Portugal
Acadêmico do Mestrado em Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o pesquisador Natanael Vieira foi contemplado em um edital de cooperação entre a Uema e a Fapema, que permitirá três meses de pesquisa na Universidade Aberta de Portugal (UAb), em Coimbra.
O maranhense, natural de Anajatuba e residente em Itapecuru Mirim, inicia uma experiência acadêmica internacional que reforça a presença da literatura negra brasileira em Portugal.
Durante sua estada, o pesquisador desenvolverá um projeto sobre a escritora Carolina Maria de Jesus, com foco em sua obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada.
O estudo vai analisar como a escritora é recebida, reinterpretada e difundida em plataformas digitais e no contexto acadêmico lusófono.
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Paralelamente, Natanael participa da disciplina Estudos Comparados, fortalecendo sua visão sobre literatura, cultura e identidade nos países de língua portuguesa.
Além da pesquisa, Natanael é poeta e membro de diversas academias de letras, como a Academia Anajatubense de Letras, Ciências e Artes (ALCA) e a Academia Internacional de Literatura Brasileira.
Ele está finalizando seu quarto livro de poemas, “Antes que o poema acabe”, que dialoga com memórias, sentimentos e reflexões sobre o tempo e a palavra.
Granorte no COMARH
A Granorte, que há 50 anos atua no ramo de agregados para construção, confirmou presença no Congresso Maranhense de Recursos Humanos (COMARH), evento a ser realizado nos dias 26 e 27 de novembro, no Multicenter Sebrae, e está em sua décima quinta edição. A empresa participará com um estande no pavilhão.
O encontro, com o tema “Humano e Digital Gerando Conexões”, promete transformar a capital maranhense em palco nacional para reflexões sobre inovação, liderança e novas formas de gestão de pessoas.
O Congresso vai discutir como a tecnologia pode fortalecer os vínculos humanos dentro das empresas, sem perder de vista o que há de mais essencial na administração de talentos: a capacidade de inspirar, engajar e desenvolver pessoas.
DE RELANCE
Homenagem para Jorge Vercillo
O cantor, compositor e produtor musical Jorge Vercillo receberá a Medalha Tiradentes, honraria sugerida pela deputada estadual Carla Machado e aprovada por unanimidade pelo plenário da ALERJ.
A mais alta comenda do Legislativo fluminense reconhece sua contribuição à cultura brasileira e o impacto de suas músicas na expansão da consciência da sociedade.
A cerimônia solene de entrega acontece nesta quarta-feira, 26 de novembro, no Palácio Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro. Na mesma ocasião, também será homenageado o escritor e conferencista Rogério de Almeida Freitas, conhecido pelo pseudônimo Jan Val Ellan.
Com mais de 30 anos de carreira, Jorge Vercillo é um dos principais nomes da música popular brasileira.
Dia se tornará noite
O eclipse solar mais longo do século já tem data. Será no dia 2 de agosto de 2027. Durante o fenômeno, o dia escurecerá por 6 minutos e 23 segundos, especialmente em regiões do Hemisfério Oriental.
Segundo a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, um eclipse solar acontece quando a lua se posiciona entre a terra e o sol, transformando o dia em noite por alguns minutos.
Enquanto eclipses parciais ocorrem ao menos duas vezes ao ano em algum ponto do planeta, eclipses totais são menos frequentes e acontecem, em média, a cada 18 meses, raramente no mesmo local.
Onde o fenômeno poderá ser visto
A totalidade poderá ser observada em países como Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito, onde o evento deve atrair grande público devido à alta densidade populacional. No Brasil, o eclipse não será visível.
De acordo com o cronograma, o eclipse terá início às 7h30 (horário de Brasília), quando a lua começará a encobrir o Sol. A fase totalmente escura está prevista para 5h23, com término às 8h49. O fenômeno completo se estende até 9h43.
A sombra da Lua cruzará o Oceano Atlântico, passará pelo Estreito de Gibraltar e seguirá pelo Norte da África e Oriente Médio, atingindo seu ápice no Egito.
Mangue Seco Roots
A Praia de Mangue Seco, na Raposa, sediará a décima edição da Mangue Seco Roots, no dia 6 de dezembro.
Este ano, o evento será realizado no Bar do Murici, filho de antigo morador da comunidade, mantendo o evento enraizado no chão que o viu nascer.
A programação terá Beatriz Soufer, Eric End, Beto Ehong, Stênio Aragão, Adler São Luís, Rosa Guedes, Tambor de Crioula Quinta das Laranjeiras e Maré de Som.
A edição também prestará homenagem ao mestre Seu Dalvino (in memoriam), antigo morador da região, figura fundamental para a história viva de Mangue Seco. Sua memória, saber e presença seguem ecoando na comunidade, e a homenagem reafirma que nenhuma festa é completa sem honrar aqueles que construíram o caminho.
Mangue Seco Roots…2
O manguezal da Praia de Mangue Seco é um dos mais ricos do litoral de Raposa, um coração verde que pulsa ao ritmo das marés e sustenta toda a vida costeira, dos peixes aos caranguejos, da cadeia alimentar ao equilíbrio ambiental.
Guardião da natureza maranhense, o mangue protege, nutre e ensina, lembrando que consciência ecológica não é teoria, mas atitude diária.
Assim como a música celebra resistência, harmonia e respeito à vida, o manguezal chama a preservar cada raiz, cada lama e cada maré, mantendo viva a força da natureza que respira aqui.
Adeus a Jimmy Cliff
Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae mundial, morreu aos 81 anos.
O cantor faleceu em casa, na Jamaica, após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia.
Jimmy Cliff, conhecido mundialmente por clássicos como “The Harder They Come”, “You Can Get It If You Really Want” e “Many Rivers to Cross”, foi um dos pilares do reggae e do ska jamaicano, tendo influenciado gerações de artistas em todo o mundo.
SOLta na Maré
Entre os dias 24 e 28 de novembro, os moradores das ilhas de Lençóis e Caçacueira, localizadas no arquipélago de Maiaú, na cidade de Cururupu, receberão o projeto “SOLta na Maré”, iniciativa de cinema itinerante movida a energia solar que levará uma experiência cultural e educativa inédita às localidades.
Com dois dias de exibições de filmes ao ar livre, com foco na promoção de inclusão, sustentabilidade e valorização das histórias e identidades, o projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo.
A programação será realizada, oficialmente, nos dias 25 (terça-feira) e 27 de novembro (quinta-feira), nas Ilhas de Lençóis e Caçacueira, respectivamente, nas escolas Unidade Integrada São José e Unidade Escolar Eleotério Ferreira, iniciando, em cada dia, com a Oficina de Produção Audiovisual em Comunidade, que será ministrada por Jasf Andrade.
Para escrever na pedra:
“A mentira é mais confortável do que a dúvida, mais útil do que o amor e mais duradoura do que a verdade”. De Gabriel Garcia Márquez.
TRIVIAL VARIADO
Mapa do Caminho: A COP 30 acabou sem citar o chamado Mapa do Caminho, o que foi considerado a maior frustração para os negociadores do governo brasileiro. Apesar disso, o embaixador André Corrêa do Lago se comprometeu na condução, por conta própria, no ano que vem, período em que o Brasil continuará presidindo a Conferência.
Energia solar: Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, o interesse por energia solar cresceu no País. Só a busca pelo termo “energia solar para empresas” no Google Brasil avançou 1.275% no período, chegando a 20.020 pesquisas acumuladas.
Escalada: Tentativas de fraudes com documentos mais que dobram de 2022 a 2025. CNH tem alta de 8% dos casos em 2022 para 14% em 2025.
Concurso: Inscrições para 9,5 mil vagas do IBGE vão até 11 de dezembro. Salários são a partir de R$ 2.676,24.
Emendas: O governo federal ampliou, mais uma vez, o prazo para complementação e análise de Planos de Trabalho das emendas individuais 2025, na modalidade transferências especiais – conhecidas como “emendas Pix”.
Matéria na íntegra: https://m.imirante.com/entretenimento/sao-luis/amp/2025/11/24/ph-sarney-vai-lancar-tres-romances [2]
25/11/2025Links
[1] https://www.even3.com.br/jose-sarney-relanca-tres-de-seus-romances-na-abl-651222
[2] https://m.imirante.com/entretenimento/sao-luis/amp/2025/11/24/ph-sarney-vai-lancar-tres-romances