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Artigos

  • A Coréia do Norte tem a bomba

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/02/2005

    Quando Einstein anunciou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, que poderia ser fabricada a bomba atômica, já tinha conhecimento o sábio que outras bombas atômicas poderiam ser fabricadas no futuro. Previamente, outros países anunciaram em pouco tempo que possuíam ou possuiriam a bomba atômica. Foram empreendidos esforços para impedir a proliferação, mas a assinatura de tratados não vale nada, e a bomba ficou armazenada em arsenais, para uso eventual.

  • O respeito à Constituição

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 14/02/2005

    Estamos em plena discussão a respeito da reforma universitária, o que é democraticamente saudável. Há quem manifeste estranheza diante da proposta do MEC, apresentada pelo ministro Tarso Genro, no dia 6 de dezembro de 2004. Talvez ela não fosse necessária, bastando os instrumentos legais hoje existentes, especialmente a Constituição e a LDB/96.A simples verificação de que houve quatro decretos e 15 portarias, no ano de 2004, oriundos do MEC, praticamente responde à dúvida: com esse rondó pedagógico o melhor talvez seja consolidar tudo numa nova lei, mas elaborada com os cuidados devidos. Por exemplo: respeitar a Constituição é a primeira e mais louvável das preocupações.

  • Alguma coisa no ar

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 14/02/2005

    A nova Lei de Falências, sancionada na semana passada, me parece tão incompreensível quanto a Pedra da Roseta antes de Champollion - e, mesmo depois dele, continua sendo um mistério para mim. Apesar disso, louvo a atuação do vice José Alencar, favorável a uma saída para a crise que sufoca as companhias aéreas.

  • Sobre a mudança de valores

    O Globo (Rio de Janeiro), em 13/02/2005

    LAO TZU DIZ QUE, NO DECORRER DE nossas vidas, devemos nos desligar da idéia de dias e horas para prestar cada vez mais atenção ao minuto. Assim fazendo, conseguimos evitar a maior parte dos problemas que estão em nosso caminho.

  • Jamelão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Aos 91 anos, José Bispo do Santos, que é Jamelão para todos os efeitos, declara-se na prorrogação, diz que está no lucro. Apesar disso, reclama que a Mangueira quer aposentá-lo como puxador de samba, ele que continua sendo o maior de todos, consenso e referência das escolas de samba.

  • O Brasil e a China

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Até a queda do Muro de Berlim e a súbita débâcle do "socialismo real", não se considerava compatível com os imperativos da razão e da teoria político-constitucional um governo representado pela coligação de partidos antagônicos, um neoliberal de mãos dadas com um comunista. Respeitava-se um mínimo de coerência ideológica no exercício do poder estatal, admitindo-se apenas parciais concessões no mundo das idéias, sem serem afetados os pontos essenciais dos respectivos programas.

  • O Brasil, quinta Guiana

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/02/2005

    Os mapas históricos do século XVIII espraiavam as denominações do extremo Norte do Continente, na declinação das cinco Guianas. Emoldurando as três européias, apareciam as, hoje, venezuelana e brasileira, esta do litoral do Oiapoque à Foz do Amazonas. Demoramos até hoje no responder a um desígnio antecipado pela geografia, no que fosse a nossa presença na área, de importância até agora relativa em nossa política externa. Só há a explorar aí uma profunda identidade cultural com as etnias africanas, a partir do Haiti - e em contraste com a latinidade espanhola - das Antilhas e, sobretudo, deste único Departamento francês assentado em terra firme do Novo Mundo. Mal conhecemos ainda esta Guiana, nem o foco de Caiena cujo símbolo de prestígio e modernização, inclusive, contrasta, por inteiro, com a velha imagem de uma região de banidos da pior espécie, no cativeiro da Ilha do Diabo que trancafiou, por 4 anos, o coronel Dreyfuss depois triunfalmente reabilitado de seu indigitado crime de traição à pátria.

  • Um bom começo de Quaresma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/02/2005

    O ano de 2005 entrou a pleno vapor. Saímos do Réveillon, atropelamos os Santos Reis e logo ouvimos os tambores dos terreiros de são Sebastião, que vinham misturados com os tamborins de um Carnaval bem curtinho, frenético e acelerado. Num relâmpago, já batemos nas Cinzas, com o véu da Quaresma, sem sair da folia que se prolonga até sábado na Barra, em Salvador, e, no Maranhão, com o lava-pratos, que é um domingo da Quaresma gordo em são José de Ribamar, santo padroeiro do Estado, onde os foliões vão pedir perdão pelos pecados pecando mais. Conheci um velho tio que recomendava aos filhos sobre as folias de Momo: "Tenha muito juízo e comporte-se mal".

  • Mancheia de crises: a família

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/02/2005

    Temos comentado tantas vezes o tema das crises, que até se impõe que o deixemos em paz, ao menos algum tempo. Agora vemos a família e a desobediência que jovens imaturas, adolescentes mesmo, entram pela senda do crime e estão indo para a cadeia, condenadas pelos júris que tem o dever de desempenhar, em nome da sociedade, seu papel de julgador imparcial, mas severo nessa imparcialidade, a fim de combater ou ajudar a fazê-lo, o crime que se espalha.

  • O "ainda" PT

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/02/2005

    Em entrevista publicada ontem, o presidente do PT, José Genoino, se esbofa para afirmar que o seu partido "ainda é de esquerda". Parece que a consciência política dos petistas está preocupada com as críticas generalizadas a respeito do que andam chamando de "traição" do partido aos ideais que o criaram e o marcaram até a conquista do poder.

  • A solidão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/02/2005

    Quando morreu Carolina, Machado de Assis compôs um dos mais belos sonetos em língua portuguesa. Sem extravasar a sua angústia, por ter perdido a doce companheira de trinta e quatro anos, Nabuco, o grande amigo de sempre, lhe escrevera para consolá-lo do rude golpe sofrido com a morte de Carolina.

  • A hegemonia, um luxo só

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/02/2005

    Bush, no discurso de posse, levou à abstração máxima a referência à liberdade, como convém à fala da hegemonia, legitimamente consagrada, afinal, pelo aluvião eleitoral. Não fez por menos, no direito à arrogância tranqüila que lhe dá a instituição democrática. O recorte do perfil na escadaria do Capitólio era já de pretendente aos talhes na pedra do Monte Rushmore, dos pais da república, como conviria ao presidente da nação chegada ao extremo de seu fastígio. É um virar natural de página, quando não há mais que pedir desculpas pelo erro confesso da busca do arsenal nuclear de Saddam, nem dar novas justificações ao fato consumado da guerra permanente para o extermínio do terrorismo.

  • Diálogo com o povo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 07/02/2005

    Temos a sensação de que já foi mais fácil ser representante do povo nas casas legislativas. Era menos gente envolvida, responsabilidades mais acanhadas, menos exigências. Hoje, é preciso louvar os que têm a coragem do sacrifício, embora o reconhecimento esteja longe de ser sequer razoável.

  • A crise da aviação

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/02/2005

    Escrevi vários editoriais nos últimos meses sobre a crise da aviação civil comercial. Essa crise acaba com um epílogo, ao menos parcial, com a cassação dos vôos da Vasp, a companhia que tem na carlinga o acrônimo de São Paulo.