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Artigos

  • Resposta equivocada

    O Congresso caminha para aprovar, na próxima semana, uma emenda constitucional que acaba com o voto secreto em todas as votações. O que na aparência é um compromisso de moralidade legislativa, na prática pode significar um retrocesso na atividade parlamentar, expondo deputados e senadores a todo tipo de pressão.

  • O mal-estar continua

    A pesquisa do Ibope divulgada ontem pelo jornal Estado de S. Paulo tem uma má notícia para os políticos: a rejeição dos eleitores continua alta, sendo que até o momento cerca de 30% deles não sabem em quem votar ou estão dispostos a votar em branco ou anular o voto. O fenômeno do aumento da abstenção e dos votos brancos e nulos já aparecera na eleição municipal de 2012, mas foi mascarado com uma explicação técnica: teria sido provocado pelo recadastramento de eleitores feito pelo TSE, retirando da lista os que mudaram de cidade ou já morreram.

  • Dilma digital

    Que o PT está atento às novas mídias sociais é sabido desde que, nas últimas eleições, ficou claro que o partido tinha uma verdadeira organização digital dedicada a espalhar pela rede críticas e acusações aos adversários políticos. Há também um bem montado esquema de blogs pagos por verba oficial para elogiar o governo petista e tentar desqualificar os críticos, sejam eles políticos, jornalistas independentes ou cidadãos que não se vêem representados pelo governo que está aí.

  • PSDB na rede

    Ainda muito atrasado em relação ao PT no uso das novas tecnologias de comunicação, o PSDB tem em Fernando Henrique Cardoso, seu presidente de honra, um entusiasta das novas redes sociais como instrumento político. Amigo do sociólogo Manuel Castells, talvez o maior especialista em novas mídias, o ex-presidente critica os partidos políticos que “se acomodaram às práticas, desdenham da relação direta com as comunidades”, sem se darem conta de que estamos assistindo aos primórdios da fusão entre a “opinião pública” e a “opinião nacional”.

  • O espírito da lei

    Se faltam ao REDE Sustentabilidade, o partido que a ex-senadora Marina Silva quer criar, cerca de 30 mil assinaturas certificadas para atingir o mínimo exigido na legislação eleitoral, sobram diretórios regionais aprovados pelos Tribunais Regionais Eleitorais. O partido está formado em nada menos que 15 Estados brasileiros, o que lhe dá a indiscutível marca nacional, que é o espírito da legislação.

  • Hora do plano B?

    Com o parecer do Ministério Público de que o REDE Sustentabilidade "continua sem condições de ser atendido", fica cada vez mais claro que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) optará pela letra fria da lei, em vez de interpretar o espírito do legislador ao criar as condições para a formação de um partido político.

  • A atração do poder

    O senador Aécio Neves aprendeu com o avô Tancredo que não existe nada que agregue mais na política do que a expectativa de poder, mais até que o poder presente, que é finito, tem prazo de validade. Por isso mesmo, deveria observar com cuidado o processo de “conversão” do sindicalista Paulinho da Força, que organizou o partido Solidariedade para fazer oposição ao governo federal e, à primeira abordagem, já admite aderir à base governista em troca da manutenção de alguns cargos de seus novos filiados.

  • PIB potencial cai

    Ao afirmar que o Brasil precisa voltar a crescer acima de 3% ao ano, em bases sustentáveis, para recuperar a perspectiva “positiva” de nota de classificação de risco, a agência Moody’s, que reduziu o rating brasileiro para “estável”, tocou num ponto que vem provocando muita discussão entre os economistas brasileiros nos últimos anos: qual será o PIB potencial brasileiro?

  • Marina no jogo?

    Ninguém sabe o que a ex-senadora Marina Silva anunciará hoje, mas há alguns indícios que levam a crer que ela está querendo se filiar a um partido para poder continuar na disputa pela Presidência da República em 2014. Isso só não acontecerá se as exigências que já deve ter feito a essa tal legenda não forem aceitas.

  • Jogo embaralhado

    Vai ser um ano interessante, tanto no sentido estrito da palavra quanto no confuciano, de turbulências infindáveis impedindo a tranqüilidade. O fato é que a ex-senadora Marina Silva, que já estava sendo dada como “abatida” ao decolar, e classificada de incompetente por não ter conseguido organizar a tempo seu partido, deu um golpe de jiu-jitsu no governo, aproveitando sua própria força para derrubá-lo.

  • Disputa aberta

    O que a presidente Dilma classifica de “vingança” a ex-senadora Marina Silva chama de “legítima defesa”. Seja lá o que for, esse sentimento deve ter se aprofundado ontem, quando o Senado, dominado pelas forças governistas, aprovou rapidamente a legislação que tira dos novos partidos o direito a tempo de televisão e fundo partidário, projeto esse que Marina atribui diretamente ao Palácio do Planalto.

  • Efeito colateral

    Volto ao tema da proibição das biografias que, como ressaltou o jurista Joaquim Falcão, muito além da violação da liberdade de expressão, "fere gravemente a liberdade acadêmica, a liberdade de ensinar e de pesquisar". Quero chamar a atenção de um perigo, mais um, que ameaça a imprensa livre como efeito colateral da nova proposta apresentada por Roberto Carlos.

  • São Paulo define

    “Se vencer a eleição em São Paulo por um voto, venço a eleição presidencial”. Essa frase do senador Aécio Neves explica bem a prudência que toda a cúpula do PSDB está tendo para manter a união partidária em seu principal reduto eleitoral. A declaração que deu ontem a favor da ação política do ex-governador José Serra, que supostamente o estava incomodando, foi combinada, para restabelecer no partido a unidade de pensamento depois que alguns partidários de sua candidatura começaram a se enervar com a demora da oficialização.

  • Patriotismo

    Em tempos em que o patriotismo voltou a ter grande apelo, em alguns casos puramente eleitoral, em outros de demagogia pura, a afirmação do diretor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Raphael Mandarino sobre a espionagem entre governos veio dar um tom épico ao debate, mas com um viés pragmático que estava fazendo falta.

  • Uma disputa paulista

    A eleição para o governo de São Paulo promete ser a mais eletrizante de 2014, não apenas pela importância em relação à corrida presidencial, mas, sobretudo, por que PSDB e PT disputam pau a pau um campeonato restrito, o de que partido está mais envolvido em falcatruas. Chega a ser engraçado constatar que a cada acusação de um lado, logo se descobre que o outro lado também está envolvido de alguma maneira.